É certo. Isabel dos Santos e os restantes membros do PAISA-UNITA (Partido dos Amigos de Isabel dos Santos e Associados) têm uma dupla estratégia para remover o actual poder político democrático e instaurar uma ditadura oligárquica. Essa estratégia assenta em duas flechas que têm de ser quebradas.
A primeira flecha a quebrar foi a conquista da UNITA pelo PAISA. Hoje a UNITA do bacharel ACJ não é a UNITA de Savimbi ou Samakuva. É uma coisa transformada por Isabel num repositório dos antigos oligarcas do MPLA, que reúne uma série de “vencidos da vida”, desde o Luaty à Paula Roque, que se tornaram os ideólogos e braços radicais do partido, comandados do Dubai.
A UNITA-ACJ é a primeira flecha dum ataque antidemocrático às instituições. Foi ocupada pelos antigos Santistas e demais descontentes, convertida em partido de Isabel para tomar o poder e retomar a roubalheira. ACJ foi bem claro na conferência de imprensa de Lisboa, ao considerar como anti-éticos os procedimentos legais contra Isabel dos Santos.
A segunda flecha é o fomento da discórdia dentro do MPLA. Surgem uns “artistas” falsamente democráticos a clamar por democracia interna, a lançar candidatos da estupidez, e criar todo o género de confusão.
Estes não são diferentes dos primeiros. São a segunda linha de ataque de Isabel, do PAISA e dos Santistas.
O objectivo é só um: voltar ao poder e retomar a roubalheira. É isso, e só isso, que tem de ser evitado.
As duas flechas do ataque têm de ser quebradas.
Não poupemos nas palavras. A UNITA-ACJ-FPU e as dissidências internas no MPLA são duas faces da mesma moeda: a tentativa da reconquista dos saqueadores do país, dos promotores do atraso. Estejamos vigilantes. Não nos deixemos iludir.