Os corruptos que têm saudades do passado e se aliaram à UNITA-ACJ inventaram uma nova expressão para dividir o MPLA: democracia interna.
Todos estes activistas e avençados encapotados em concurso com o bacharel ACJ resolveram exigir do MPLA a tal democracia interna. Esperam dividir o partido em facções que se combatem mutuamente, e com um bocado de sorte, as derrotadas saem do partido para formar novas forças que diminuem o MPLA, como aconteceu com o ANC na África do Sul. Com mais sorte ainda, pretendem ganhar o MPLA e retorná-lo a um viveiro de corrupção.
Não tenham dúvidas, a expressão democracia interna não está a ser utilizada para o bem do MPLA, mas para o destruir por dentro.
A força do partido não resultará da discussão estéril entre egos do passado, divididos em capelinhas de avençados. A força do MPLA resultará da sua renovação do espírito combativo, do programa e das pessoas. Pessoas com mérito, com capacidade de trabalho, com projectos para o país.
Mas, a força do partido também resultará da sua união. Primeiro, a discussão e a crítica aberta, mas depois só um rumo, só uma liderança, só um vector. Há muitas formas de garantir o pluralismo e o debate democrático. A anarquia e a disputa fratricida não é uma delas.
O antigo presidente americano, James Madison aquando a aprovação da Constituição americana nos finais do século XVIII alertava para os perigos do facciosismo e as vantagens da união, escrevendo a favor de uma união bem idealizada como o melhor remédio para ” quebrar e controlar a violência das facções. O adepto de governos populares nunca fica mais alarmado quanto ao carácter e destino deles do que quando contempla a sua propensão para este perigoso vício. Não deixará, portanto, de atribuir o devido valor a qualquer plano que, sem violar os princípios aos quais se devota, providencia um remédio adequado. A instabilidade, injustiça e confusão introduzidas nos conselhos públicos, têm sido, na verdade, doenças mortais sob cujos golpes os governos populares por todo o lado pereceram; tal como continuam a ser os tópicos favoritos e frutíferos de que os adversários da liberdade extraem as suas mais ardilosas declamações.”
Aquilo que Madison escrevia continua actual. A violência das facções ameaça a boa governação e a estabilidade de um país. É fundamental encontrar um equilíbrio entre as visões diferentes e a unidade. É isso que o MPLA deve fazer e não deixar-se ir em cantos de sereia que só o querem afundar.
Renovar na unidade!