A embaixadora de Angola em Portugal deve ser relações públicas de Luzia Moniz, uma senhora que vogava na sua insignificância por pequenos grupos oposicionistas angolanos que vivem no bem bom em Lisboa. Alimentavam-se a eles próprios, mas ninguém sabia deles.
De repente, a embaixadora tornou a senhora numa figura digna de atenção.
E agora temos Luzia Moniz a perorar ao Presidente da República, arvorando-se como sua conselheira. Só faltava esta…
De Lisboa, acha que sabe melhor que o Presidente, as dificuldades por que passam os angolanos, descrevendo apenas os quadros negativos, esquecendo-se da aposta desenvolvimentista a longo prazo que tem sido o timbre da política presidencial.
De Lisboa, acha que sabe melhor que o Presidente quais os conselheiros que este deve ter e não ter.
De Lisboa, apela a um diálogo. Com quem ? Como pode haver diálogo se o sonho do bacharel ACJ é o golpe de Estado, como ainda no passado sábado deixou escapar no Cazenga.
De Lisboa, quer que o Presidente seja o Presidente de Cabo Verde. Mas o que tem um país a ver com o outro? Cabo Verde é um pequeno país que serve de estância balnear a portugueses. Angola é uma potência regional em construção.
De Lisboa, fala de exércitos republicanos…não consta que Angola seja uma monarquia, de braços esquerdos e direitos e de oportunistas. Palavras vagas, abstractas, de quem repete discursos pré-formatados que nada acrescentam.
A mudança está a acontecer em Angola. Vai acontecer aceleradamente com o próximo Congresso Extraordinário. Vai ser o Congresso da Mudança. E aí acabarão estes equivocados que falam de barriga cheia na antiga capital do colonialismo. Se estão por Angola, venham para Angola trabalhar.