Tenho receio do silêncio, irrita-me a escuridão, ambos propiciam o disfarce e as feras, sobretudo as traiçoeiras, sabem camuflar-se a ludibriar a presa. 

Depois da insolvência internacional, de que Angola se salvou em consequência do estatuto global de João Lourenço, o ruído interno amplificou mas com três estocadas o Senhor Presidente da República obrigou a UNITA/FPU a uma rendição, ensaiando uma oposição sedutora e construtiva para esconder a claudicação.

A iniciativa autárquica, a viagem de comboio Luanda-Aeroporto, e a nomeação da Comissão de Reforma da Justiça e do Direito (CRJD), despiu de causas a política interna do Galo Negro, foi o sinal inequívoco de que a Reforma da Nova República iniciada na frente externa, começou agora o seu caminho internamente.

A UNITA rendeu-se militarmente à Paz depois de uma humilhante derrota, indigente, vendeu-se a uma reconciliação falsa e lucrativa, é cúmplice de toda a desgraça do “Santismo”, legitimou o saque, e agora desfeita pela ausência de uma agenda reivindicativa, encosta-se a tentar partilhar o Poder porque a capacidade de mobilização dilui-se no abismo em que tombou.

Ninguém acredita, ninguém pode acreditar na benevolência da UNITA/FPU, o bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho” encurralou-se num beco sem saída, a nova postura dialogante é uma farsa para ocultar o desespero, não se pode sentar à mesa pela manhã com o Estado de Angola, e à tarde lanchar com os terroristas independentistas de Cabinda.

A Nova República está a fazer o seu percurso, vai renascendo a esperança, vai açoitando um acreditar em nós mesmos, a meu ver, ela só se completará com um novo Espectro Partidário, porque a modernidade exige uma Nova Constituição.

Pela Nova República…!!!