Abriu-se uma nova frente nas oposições: interferir nas eleições internas do MPLA, promovendo várias candidaturas para garantir que o partido se divide e perde as futuras eleições.
Querem imitar o que aconteceu com o Congresso Nacional Africano (ANC) na África do Sul. Perceberam que o ANC não perderia as eleições se não se tivesse dividido anteriormente com as cisões de Jacob Zuma e Julius Malema. Note-se aliás que ambos não saíram pelo próprio pé do ANC, mas foram expulsos do ANC. Se não tivesse havido as expulsões de Zuma e Malema, não teriam surgido dois novos partidos que somaram quase 25%, que adicionados aos 40% do ANC conferem quase 65% a um antigo ANC unido.
Os estrategas das oposições angolanas perceberam esse fenómeno e querem imitá-lo em Angola. É a sua esperança, dividir o MPLA, fazer sair do partido vários descontentes, formar um ou vários novos partidos e repetir a África do Sul.
Para isso, concentram-se nas eleições internas do MPLA e apontam vários candidatos: o general Higino Carneiro, o Eng.º António Venâncio, o Cláudio não sei quê, filho-família desocupado, e outros surgirão. E em nome da democracia interna as oposições vão-se transformar em árbitros patéticos do MPLA querendo fomentar ódios pessoais, lutas intestinas, honras derramadas e tudo o que sirva para todos se zangarem, haver expulsões e novos partidos.
Nós defendemos a síntese da diversidade, isto é, que avancem todos, mas no final fique só um, e esse um seja o representante de todo o MPLA. Deixemos as oposições brincar aos partidos, mas não nos desviemos um metro da rota da Nova República do mérito e do progresso.