O consórcio internacional de jornalistas publicou uma peça factual sobre as propriedades de Isabel dos Santos e de sua mãe no Dubai, bem como o papel obscuro deste emirado na protecção de fugitivos internacionais e na promoção de branqueamento de capitais.
Perante tal peça, a LUSA não encontrou melhor forma de abafar o tema, do que pegar numa declaração de Isabel dos Santos a dizer que contestava o mandado de detenção emitido por Angola através da Interpol- e que ilegalmente o Dubai não cumpre- e tornar essa declaração o centro da notícia. Em vez de enfatizar as propriedades de Isabel dos Santos e o incumprimento do Dubai das suas obrigações internacionais, a LUSA acha que a notícia é que Isabel contesta uma red alert da Interpol-que já tem mais de um ano…que notícia é esta? Não é notícia, é pura manipulação da LUSA a favor de Isabel dos Santos, violando todos os cânones jornalísticos.
É evidente que a protecção que comunicação variada faz de Isabel dos Santos deve levantar sérias dúvidas sobre a sua imparcialidade e objectividade. Agências noticiosas como a LUSA, a DW e nalguns dias a VOA repetem-se numa argumentação contrária aos órgãos de soberania e de justiça de Angola, protegem criminosos em fuga, criam narrativas falsas. A solução seria proibir esta gente de operar em Angola, devido à divulgação de notícias manipulativas. Assim, como a União Europeia proibiu as agências russas de emitir em território europeu, por considerar que manipulam o povo europeu, o mesmo critério deveria ser aplicado à LUSA e DW, pelo menos.
Logo começariam a atacar Angola por não respeitar a liberdade de imprensa. Contudo, neste momento, é a LUSA que não respeita a liberdade de imprensa, manipula a favor de Isabel dos Santos. Alguém devia fazer algo e não deixar estar inversão de valores democráticos persistir.