Paula Roque apresenta-se como académica, mas os seus textos são de propaganda da UNITA, não tendo qualquer rigor científico, objectividade ou imparcialidade. Nas suas vestes de propagandista, Roque abusa das mentiras e das mistificações para enganar os mais crédulos ou agitar mais agitados.
O último texto de Roque sobre os Estados Unidos e Angola é um conjunto de falsidades e mentiras descaradas que deviam fazer corar de vergonha qualquer académico responsável.
A primeira mistificação é a ligação que faz das boas relações americanas com Angola ao corredor do Lobito, esquecendo-se que na sua estrutura complexa esta é uma obra tripartida, que conta com os Estados Unidos, a União Europeia e a China, sendo que esta última detém a maior parte das matérias-primas que serão escoadas pelo referido corredor, portanto, só será um sucesso com a colaboração de todos.
A segunda mentira de Roque refere-se ao suposto golpe de Agosto de 2022 a propósito das eleições. Fala de uma contagem paralela que nunca existiu. Uma invenção pura.
Quem tentou dar um golpe foi a Unita-ACJ, apoiada por Roque, que aparecia nas televisões portuguesas a apelar a manifestações em Luanda, querendo que surgissem mortos para incendiar a opinião pública.
A verdade é que a Unita perdeu as eleições e nunca conseguiu provar qualquer indício de vitória, como ainda agora reconheceram Abel Chivukuvuku e José Eduardo Agualusa.
Roque agita e repete uma mentira. E o pior é que sabe que é mentira. Até que ponto esta repetição e mentira agitadora estará enquadrada criminalmente pelo Código Penal é um tema que deixamos para a PGR.
Como agora fazem os da Unita, Roque vem elogiar o equilíbrio de José Eduardo dos Santos. Devia-se ler tudo o que Roque já escreveu sobre Eduardo dos Santos, para ver a hipocrisia da personagem.
Finalmente, Roque atira-se aos EUA, o grande apoiante passado da sua UNITA, e onde ela actualmente, vai buscar fundos para as suas brincadeiras. Qualquer dia vamos ver Roque e ACJ no Kremlin a bajular Putin ou em Teerão (Irão) a pedir apoio aos fundamentalistas islâmicos. Já faltou mais. Entretanto, Roque devia renunciar aos apoios que recebe nos Estados Unidos.
Disparata acerca duma base americana no Soyo, não sabendo, ou fingindo não saber que a política de defesa americana já não assenta em bases, mas numa flexibilidade operacional adequada.
Termina fazendo uma mistura entre Biden, a Venezuela e João Lourenço, a quem chama ditador. Um Presidente que todos os dias é criticado abertamente, que perdeu as eleições em Luanda, é um ditador?
Paula Roque não é intelectualmente séria. É uma fraude.