Pode um executivo nacional apostar numa política de desenvolvimento com custos acrescidos de risco permanente, provocado por taticismos de um grupo com assento parlamentar?
Pode haver cobertura num regime democrático para agressões e incentivos ao terrorismo de Estado?
Pode um líder de um partido político, usar as suas prerrogativas que a democracia lhe concede, viajar pelo mundo denegrindo o país, insinuando com mentiras sobre o governo, vendendo uma imagem distorcida de um povo que o renegou?
Ninguém deseja um fundamentalismo judiciário, ninguém entende como uma classe estratificada no topo social se degradou tanto, mas perante factos, perante uma desobediência perene, não é altura do Ministério Público tomar uma posição pública face ao folclore e carnaval contínuo no país?
Quem está a pactuar com quem? Quem é cúmplice com o laxismo dos tribunais? A Assembleia Nacional, onde há uma maioria absoluta, pode apenas identificar-se com os cidadãos na repulsa e desprezo, por serem tidos como parasitas em busca de mordomias a carros novos de alta gama?
A UNITA/FPU e os seus líderes, ACJ e Chivukuvuku, porque perderam o controlo ou porque se sentem ultrapassados, não podem impunemente proclamar que protegem ativistas terroristas e traficantes, como se fosse um troféu politicamente importante. Quanto custa este jogo? Quem paga?
O bacharel aventureiro vai regressar a Angola com lanças e punhais afiados, em Lisboa, aos saudosistas, prometeu o Poder ainda em 2023. No Porto reiterou essa convicção, ao grupo apoiante, disse ter hoje no MPLA e nas Forças Armadas apoio suficiente para o assalto ao Poder.
A ver vamos.