A Paz conquista-se todos os dias, em cada gesto, é um valor cultural, civilizacional, é o respeito pelos outros e por nós próprios.
Em 2002 a Paz não foi uma convicção de todos, houve uma derrota militar que deu lugar a um novo ciclo político, houve respeito de uma das partes, vitoriosa no conflito, ao não humilhar o adversário, e até hoje paga-se um preço elevado por essa benevolência.
O espectro das armas sobrevive na insinuação permanente, materializa-se na mentira, na intriga, que ferem como punhais, e no insulto que trespassa a racionalidade e a dignidade como lanças de morte.
A UNITA passou de um estado clandestino na guerra para um estado anárquico e arruaceiro na Paz, é um ninho de terrorismo, sobrevive inadaptada e em subversão perene com a República, é porto de abrigo de tudo quanto agrida e denigre o país e odeie o Presidente da República.
Temos em Angola uma Paz envergonhada porque a Oposição não a deseja, não tem soluções na normalidade, tem antipatia pela regulação, é um cocktail explosivo de contradições e dependências, é um ajuntamento sem identidade, uma associação familiar desavinda.
O Governo anunciou o Plano Municipal, alicerce das Autarquias, logo logo veio o chinfrim do contra, mas nada de alternativas. Querem autarquias para garantir emprego, nem sonham com os problemas da administração local.
Neste fim de semana, pasme-se, para combater o novo Aeroporto, lançaram anátemas onde até insinuaram que havia companhias que não voavam mais para Angola. Santa ignorância, a VARIG do Brasil, a SABENA da Bélgica, a SWISSAIR da Suíça, companhia de bandeira, por falência decretada pelos tribunais, encerraram em 2006 e 2007. Ainda assim, chegam diariamente a Luanda, governantes, empresários, dirigentes internacionais, que têm dado visibilidade a Angola e prestígio ao Presidente da República, e ignorado cada vez mais a UNITA pelo seu relacionamento e dependência com a Extrema Direita racista e xenófoba.
A UNITA deseja uma revisão da Constituição, nos objectivos mirabolantes do seu líder ACJ, com loucura patológica, está a consagração de Partidos de um homem só, quer perdão para os ladrões que o financiam, devolução de bens ao que o apoiam, dar autodeterminação a Cabinda, e promover uma caça às bruxas.
Esperemos pelos próximos capítulos, o enredo não tem fim, e o epílogo, oxalá, não tenha de ser o de 2002.