Na ressaca da expectativa do 31, apostando na lógica da UNITA e do seu líder ACJ e na dinâmica do ativismo terrorista associado, cabe-nos a nós, num exercício de cidadania, contabilizar os custos deste aventureirismo subversivo em todas as suas implicações.
O sacrifício permanente das Forças de Ordem Pública, a obstrução do normal funcionamento da economia e das instituições, o compasso expectante, a fadiga receosa, enfim, os ingredientes temperados para mais uma geração adiada nos seus sonhos e ambições.
Já não é só arreliador e saturante o espectro (sine die) de uma impunidade sacramentada, causa receio e desilusão a quase religiosa inoperância da Justiça e do Parlamento face à prevaricação.
A UNITA nasceu de dissidência da UPA e do MPLA, juntou-se aos colonizadores e racistas do apartheid, começou e recomeçou uma guerra civil, nunca se adaptou à urbanidade e teve sempre uma postura do medo, anda nisto há 57 anos e ninguém põe cobro a tantos desmandos a agressões, e não tarda, sem uma operação musculada, depois do 31 virão novos experimentalismos até termos um 31 trágico e avassalador.
Angola não pode democraticamente dar sinais de fraqueza, não deve ter portas abertas em nome da liberdade, não pode permitir em nome de valores e princípios que são seus e partilhados com mundo, há gente que desafia, que agride, que só sabe dizer e fazer mal, para esses tem de haver portas que se fechem, como tem de haver quem diga basta a quem tanto lhe quer ferir na sua identidade e dignidade de Pátria Independente.