Quando se luta por causas, por diversas que sejam, o espírito revolucionário tem regras, hierarquia, e há bens comuns inalienáveis pela sua perenidade. Um revolucionário pode ser nobre, tivemos muitos ao longo da história; outros há que por mero oportunismo incorporam a tirania e arrastam-se na cegueira pelo Poder.
Um terrorista que verborreia ódio, incentiva sangue, que indisfarçadamente carrega o estandarte da anarquia selvagem, apelou à desordem, ao boicote económico, colocando no seu esconderijo cobarde um Povo que carrega no seu dia a dia o presente e o futuro, como se ele, vagabundo, bandido, fosse a panaceia do oásis.
Nesta ponte erguida de radicalismo anti-democrático, que separa a liberdade e a civilização do primitivismo tribal e beligerante, tem uma Oposição ao Governo que escolheu o banditismo e fez-se ouvir do lado dos terroristas pela voz de dirigentes e parlamentares liderados pelo bacharel ACJ, anexando à UNITA o mais hediondo comportamento selvagem sem escrúpulos.
Há duas coisas em que não acredito e uma que alimento dúvidas:
Primeiro não acredito que o Povo, modesto, trabalhador, no silêncio da sua sabedoria, vá aceder a esta praga 31, e a prova é de que os facínoras ativistas e opositores precisam recorrer a extremismos para não perderem protagonismo.
Segundo, eu não acredito que os Serviços de Inteligência e autoridades policiais, não saibam onde está o monstro da desgraça escondido, talvez seja o momento certo para parar esse Gangsta que obrigou a UNITA a arrastar-se na sua sombra.
Por último a minha grande dúvida, a colagem do Galo Negro a esta opereta trágica é o testemunho de uma organização clandestina, demarcada por uma postura permanente de terrorismo de várias facetas, a que já não falta nada, mesmo nada, para ser blindado de uma Democracia e de um Estado de Direito?