Para além da ficção de Muangai, ao longo da história da sua existência, concretamente, com factos, a UNITA nunca passou de um grupo restrito dependente alienado, ligado a tibiezas e contradições que marcaram para sempre o seu ADN.
Jonas Savimbi para manter uma liderança totalitária, matou, mandou matar, e nunca teve a confiança de todos os seus seguidores, a selva nunca foi um determinismo político, foi sobretudo uma garantia de segurança, sobretudo depois do assassinato de Moisés Tshombé em Argel.
Lukamba Gato foi o tirano da herança da mais vil traição, efémera mas marcante que até hoje é odiado na militância do Galo Negro.
Isaías Samakuva nunca desfrutou a fidelidade dos notáveis traidores, foi consumido em lume brando, resistiu a Chivukuvuku, e com a UNITA dividida tentou entregar o Partido a uma nova geração.
Mas o ADN está lá, e as purgas seguiram-se de imediato, e a exemplo de Jonas Savimbi, sabendo quem tinha como companhia, mandou todos os filhos estudar para o estrangeiro. Jonas Savimbi, com 28 filhos, nenhum estudou em Angola, foi sempre um tirano solitário que sucumbiu como sempre imaginou.
Chegamos a ACJ, o sacerdote sem batina, ex-seminarista, bacharel, treinado bom parlante nos púlpitos do Vaticano, exemplo do político popularucho, ambicioso, portador de um narcisismo patológico, mas também ele, hoje, cercado de traidores internos que o fazem derivar para a clandestinidade do ativismo arruaceiro para sobreviver.
É aqui que se coloca a irracionalidade com que ACJ afronta a legalidade, é um público fora da Lei, um anarquista anti republicano, que transformou a UNITA num abrigo do terrorismo em Angola, como a proteção ao bandido Gangsta, uma porta aberta comprometida com o narcotráfico com a defesa de Man Gena, e com a subserviência total e completa aos saudosistas do colonialismo em Lisboa, do capitalismo selvagem através de lobbys.
Na realidade os projectos de governo, de sociedade, são generalidades vagas sem que possa ser tido como opção, é um vazio preenchido por um ruído que já se perde no tempo e que tão caro já custou ao país. E se de repente as autoridades descobrirem que a UNITA está dar guarida ao terrorista Gangsta? Pode hoje a UNITA e ACJ, publicamente demarcar-se deste activismo com nomes e condenar as repetidas agressões ao Estado Democrático de Direito?
Povos de Angola, cidadãos da Nação Angolana, Patriotas, NÃO, BASTA, CHEGA, são gritos presos na garganta que devem ecoar pela dignidade da cidadania, não podemos estar prisioneiros de quem quer comprometer o desenvolvimento e cercear a esperança de quem luta todos os dias por um amanhã melhor.