É intrigante cada passo dado pela UNITA, é um perigo cada atitude de ACJ, e os factos que o comprovam somam-se diariamente e cada vez mais às claras. Coube ao Galo Negro reunir os associados perdedores em busca de protagonismo, derrotados e traficantes, racistas e especuladores, e ACJ fê-lo em Lisboa com 80 convidados e uma empresa de eventos que inclui viagens, hospedagem, transportes, alimentação, espaços alugados, que vai custar milhões à UNITA e vai encher os cofres do turismo de Portugal.
Mas o mais infame e grotesco é o tema da discussão, democracia em África e eleições em Angola, com a solução miraculosa das autárquicas pelo meio.
Esta ideia de discutir África na Europa e eleições em Angola em Portugal, é a hedionda revelação de uma subalternidade atroz, uma obediência aos saudosistas colonizadores, é a alternativa para quem sabe que se tornou residual no seu próprio país, e insignificante junto dos seus militantes.
Mas ressalta um sentir de repulsa perante sucessivos abusos sem que nada seja dito, ACJ continua impune face à justiça angolana, e a conivência é perene das autoridades portuguesas que acolhem esta afronta ao Estado de Direito democrático de um país amigo e independente.
Creio que Portugal anda distraído, embriagado com a Europa e perdido em erros crassos de governação, complexado, ainda não percebeu a importância de Angola no contexto na Nova Geopolítica Internacional.
Por Luanda passaram americanos, árabes, chineses, o Rei de Espanha e vai agora Emanuelle Macron.
O secretário geral da ONU, António Guterres, foi até agora o português que interpretou melhor a visão de João Lourenço, estabeleceram parceria para a Paz em África e no Mundo, são dois estadistas que vivem a realidade e não perdem tempo com cenários acessórios de propaganda e metáforas equivocadas.