O desafio permanente às instituições do Estado angolano é demasiado.
Isabel dos Santos, cometendo o erro tradicional de deitar dinheiro para cima dos problemas, contratou mais uma empresa de lavagem de imagem, agora americana, para combater Angola e lançar “lama” para cima do seu Presidente da República.
De imediato, a PGR de Angola devia ter agido com a sua congénere americana, pedindo o congelamento dos pagamentos de Isabel aos americanos. É que a probabilidade maior é que Isabel dos Santos esteja a pagar aos americanos com dinheiro obtido ilegalmente, tornando a empresa americana cúmplice no branqueamento de capitais. A PGR de Angola tem de agir e não ficar de braços cruzados a ver dinheiro desviado de Angola ser usado nos EUA para combater Angola. Se há dinheiro ilegal a pagar aos americanos, as autoridades de ambos os países devem actuar já e não permitir agressões a um Estado soberano.
A lassidão e relaxe das autoridades não pode continuar.
Com Manuel Vicente a história é igual. É mais discreto, mas também financia empresas e advogados para o defender, e agora até se dá ao luxo de vir dizer que está desiludido com João Lourenço…A imunidade de Vicente terminou a 26 de Setembro de 2022, a PGR espera o quê?
Foi dado demasiado tempo a Isabel dos Santos, Vicente e outros. Tiveram tempo de organizar os seus contra-ataques, contratar advogados por todo o mundo, jornalistas e activistas, criar uma rede de influência, aparecer com toda a lata com a camisola do Brasil ou a receber doutoramentos honoris causa numa universidade desconhecida no Dubai.
Cada dia que passa de impunidade é um dia em que o Estado angolano perde credibilidade. Chega de complacência com Isabel dos Santos e Manuel Vicente. A espera apenas serve para corroer a máquina estatal angolana e degradar a consistência do poder político.