Durante a campanha eleitoral, o bacharel Adalberto fez-se fotografar em companhia do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um amigalhaço do grupo da IDC. Aliás, foi a única foto com um dirigente de um Estado europeu que conseguiu. Era o modelo de Orban que Adalberto queria para Angola.
Agora, a Comissão Europeia decidiu recomendar aos estados-membros que os fundos estruturais e os fundos do plano de recuperação e resiliência (PRR) destinados à Hungria se mantenham “congelados”, tendo em conta que o governo de Viktor Orbán não combate a corrupção, pelo contrário, acentua as práticas corruptas e não cumpridoras do Estado de Direito. “Infelizmente, a Hungria não aplicou as medidas corretivas para que pudéssemos dizer que os riscos por nós identificados (corrupção generalizada) desapareceram”, disse o comissário responsável pelo Orçamento e Administração, Johannes Hahn.
Em consequência, o país fica sem acesso a 65% de fundos de coesão que estão programados até 2027, num total de 7,5 mil milhões de euros, e sem 5,8 mil milhões do PRR, apesar de o plano ter sido aprovado, até que as reformas sejam realizadas de forma convincente.
Este era o plano de Adalberto para Angola, aprendido com Orban, fingir que combate a corrupção e aumentar o acesso dos corruptos.
Se repararem, já se ouviu alguma crítica de Adalberto à prófuga Isabel do Santos? A Manuel Vicente? Não, os prófugos contam com o apoio de Adalberto. Adalberto protege os corruptos em Angola, como Orban o faz na Hungria.