A luta contra a corrupção não é um capricho, nem uma brincadeira. Vão todos ler o recente livro de Henry Kissinger sobre o sucesso de Singapura. Uma cidadezita cheia de malária e de atraso tornou-se um dos países mais prósperos do mundo. Para isso, o primeiro passo foi acabar com a corrupção. O governo inicial empenhou-se realmente em combater e proibir a corrupção com penas duríssimas e restrições aos direitos legais. Só a partir daí começou o progresso. A corrupção impede a prosperidade de um país. Só há desenvolvimento sem corrupção.
Em Angola, o combate à corrupção é uma questão de sobrevivência do país. Sem acabar a corrupção não há riqueza que chegue à população, não há dinheiro para investimento, não há desenvolvimento, não há nada.
Choca a forma leviana como supostos políticos, advogados, activistas e membros duma inventada sociedade civil fingem que a corrupção não é importante e enchem a boca com direitos humanos. O principal direito humano é viver num país sem corrupção. Só aí poderá começar tudo o resto. Não nos podemos deixar impressionar pelas campanhas de intoxicação pagas pelos corruptos.
O primeiro mandato de João Lourenço iniciou o combate à corrupção. Mas esse combate foi traído pelos juristas da PGR, da elite da advocacia, do próprio MPLA. Todos se uniram para fingir que combatiam a corrupção, quando a defendiam. Apenas uns bravos persistiram e aplicaram o programa do Presidente da República.
Este é o tempo de aceleração. As velhas normas e meios de combate à corrupção não funcionam. Novas normas e instrumentos devem ser criados, rápidos eficazes. As velhas pessoas atrapalham e são coniventes com a corrupção. Devem ser afastadas. Novas pessoas devem avançar.
Este tem de ser o tempo em que se põe ponto final à corrupção. Sem ponto final da corrupção, só haverá a turba incitada por ACJ que espreita para lançar o país na selvajaria.
Acuse-se Isabel dos Santos e Manuel Vicente, julgue-se Kopelipa e Dino. Atente-se a que não surjam novos corruptos.
As meias tintas dum combate morno à corrupção têm de acabar. Esta é a altura de endurecer e livrar Angola deste cancro.