Sobrevivem no esgoto das sociedades, alimentam-se da rapina, atuam no mundo subterrâneo da imundice, mas chegam ao limite para devorar o alheio. A UNITA de ACJ move-se cada vez mais na indiferença, range os dentes, guincha decibéis, mas está cada vez mais só, o lodaçal já não atrai nem os distraídos, já nem nas redes digitais há reação, nem a dita e hipotética sociedade civil perde tempo com inutilidades.
Hoje Angola atingiu um patamar de excelência em África na qualidade de parceiro do mundo, estabilidade, segurança, desenvolvimento movem o futuro, instalou-se a esperança, a crença, e o Povo reage agora quando enfrenta anormalidade no funcionamento das instituições.
É o caso da PGR, dela e do seu titular emanam um somatório de contradições jurídicas que pressupõem incapacidade, cumplicidade ou até conluio com tempos idos, dado o laxismo cada vez mais evidente interna e externamente.
Isabel dos Santos é um caso paradigmático de um imbróglio jurídico que permite mover-se no mundo em afronta permanente com o Estado angolano, usufruir de mordomias do saque descarado, e quando se proclama, pressionado, um Mandado de Captura Internacional, há um coro de juristas anunciar falhas processuais que colocam em causa tal decisão. Parece de propósito, ao fim de três anos, na véspera de se rejubilar, o PGR deixa como marca uma lacuna enorme reveladora da sua total incapacidade ou clientelismo.
E não é só, ontem mesmo ficamos a saber que nunca foi escrutinada a participação acionista de Manuel Vicente e Kopelipa em dois bancos portugueses, embora já tivesse havido denúncias, e pior ainda, há uma participação significativa da Sonangol no Millennium BCP que ainda depende da assinatura de Manuel Vicente, isto quando a Regulação Europeia já manifestava estranheza há mais de dois anos.
Creio que cada vez mais se impõe a criação em Angola de uma Alta Autoridade contra a corrupção, com capacidade de tribunal judicial de Instância Única, para que sejamos capazes de recuperar a pertença do Estado saqueada pelas toupeiras de todas as cores, que criticam a fome, o desemprego, a saúde, mas vivem em mansões em Angola e no estrangeiro, com viaturas de alta gama nas garagens, criados, guardas, empregadas domésticas, hospitais especiais em Angola e no estrangeiro, filhos a estudar em grandes universidade pelo mundo fora, e que se arrogam como os moralistas empoleirados nas pilhas de dinheiro que roubaram a todos os angolanos.
Justiça é o primeiro e decisivo passo para o desenvolvimento.