Tanta contradição num discurso bipolar, ACJ simulou a sua continuidade na liderança num mapeamento de aventuras, e lançou, simultaneamente ataques ferozes ao governo e instituições, ensaiando uma convocação popular em torno da exigência autárquica.
Viajou, contactou, para onde e com quem?
Nada de novo trouxe o seu discurso, a visão lunática e irracionalidade democrática, permanecem na mente de quem apenas tem o Poder como meta, com base num terrorismo clandestino.
Quando se augurava uma reflexão sobre a fragmentação da UNITA, da fragilidade da sua liderança derrotada, eis que ouvimos rasgados elogios a uma FPU fantasma, e ao enaltecer de uma estratégia falhada e rejeitada, cada vez mais veemência pelos cidadãos angolanos.
Este assumo de sobrevivência de ACJ assenta numa ambiguidade insanável, espremendo a sua retórica facilmente lemos nas entrelinhas, a mesma postura subversiva de sempre, com a agravante de um apelo claro a uma vaga de fundo trauliteira com base na exigência autárquica, como panaceia de todos os males.
Decorreram meses após as eleições e o discurso em nada mudou, continua o olhar vesgo da Democracia, só é verdadeira quando colocar a UNITA no Poder, até lá, são todos ditadores.
Na Jamba matou-se, queimou-se, esquartejou-se, ceifaram-se vidas perante a impunidade de um conjunto de psicopatas tiranos e inquisidores, alguma vez a UNITA ou ACJ fez ato de contrição e assumiu publicamente esta hedionda herança? Aproveita um crime para atacar as Leis e as Forças de Segurança, é uma negação civilizacional de um lunático a necessitar de terapia psiquiátrica.
Esta alienação vergonhosa traduzida em aplausos de circunstância a um líder moribundo, é, a meu ver, o desenho em que dá corpo à falência ou até extinção da UNITA, é a prova de que a falta de adesão de quadros impede uma renovação que se impõe.
Mas este desespero é perigoso, pode ser semente de aventureirismos de mentes arruaceiras, e fica também demonstrado que o Galo Negro vai substituir o Parlamento pela rua, numa clara inadaptação à legalidade e ao normal funcionamento do Estado de Direito democrático.
2023 vai ser o ano de todos os perigos, sabotagens, mobilizações, insultos, agressões, medo, tudo quanto possa fragilizar o desenvolvimento e insinuar instabilidade, vai fazer parte do calendário da UNITA, Esta reunião da Comissão Política veio apenas confirmar o que nos bastidores e seitas mandantes vaticinam há muito e que nós aqui temos referenciado.
Enfim, é o que temos…!!!