Tem sido inequívoca a mensagem e determinação do Senhor Presidente da República, na exigência da probidade e combate à corrupção e todos os males associados ao compadrio e clientelismo das autoridades reguladoras, fiscalizadoras e escrutinadoras da defesa do Estado de Direito Democrático. Um dos pilares fundamentais da igualdade, liberdade e garantias dos cidadãos é a PGR, poder autónomo e determinante na estrutura do desenvolvimento e confiança do país.
Coberta de ridículo, em pose insana de adolescente, feita menina rica, Isabel dos Santos passeia os muitos milhões que arrecadou fintando a Justiça angolana, em dias e noites escaldantes e volúpia e êxtase nas cálidas águas mediterrânicas de Formentera, ou nas zona do Jet Set londrino, convocando os arregimentados para rotular os angolanos de gente menor e inculta, debochando os seus ovos de ouro.
Acontece que a PGR não só perdeu o controlo dos milhões sacados a EFACEC, EUROBIC, GALP, NOS, mas nunca se debruçou nos milhões em propriedades na área do turismo, imobiliário, quintas, que a menina rica detém e que somam uma fortuna só em Portugal.
O mesmo se passa com Álvaro Sobrinho, retirou-se do foco da exibição no futebol, mas mantém um património assinalável, público e notório, que o faz integrado do clube dos milionários lusos. Isto para não citar, ainda, Kopelipa e José Maria, que a par de Manuel Vicente dispõem de grande carteira de participações rentáveis em colossos portugueses.
Quem está a desfrutar da grande fortuna deixada pelo general João de Matos?
Este somatório invejável de património e activos sonegados ao erário público de Angola, sacado da boca e do bolso dos cidadãos angolanos, esbate-se na cumplicidade ou incompetência, crónica e perene, da PGR e do seu titular, pelo amadorismo evidenciado em todos os processos. Pelo visto, nem sequer se sabe o real património destes saqueadores que emergem nos banquetes de luxúria internacionais.
Apetece dizer que com uma PGR inoperante assim, o crime compensa.
Mas que é uma ferida aberta e dorida no trilho traçado por João Lourenço, é inegável, urge mesmo escrutinar com atenção para que não tenhamos contaminações que possam imobilizar a fase positiva e imparável da governação.