No despertar da minha mais rude tempestade, acordei sobressaltado com o ruído mas logo me apercebi da narrativa, os abutres insaciáveis da coutada convocaram os seus ícones para proclamarem o desespero que lhes vai retalhando o caminho.
A Primeira Dama do país perde o nosso respeito quando coloca à frente da sua perspetiva o interesse familiar e de grupo, traindo assim a memória do nosso Fundador que verteu na Sagrada Esperança os valores coletivos do Povo acima de tudo na Nação Angolana.
A viúva de Agostinho Neto não pode e não deve, em defesa do injustificável, vir falar de injustiça para com o seu genro, que se revelou ser o rosto de uma fraude que o enriqueceu. Essa mesma Justiça, que com oportunidade lhe restringiu a ação criminosa, fê-lo em defesa dos cidadãos cerceados dos seus direitos e bens públicos, e mais ainda contra o Estado de Direito democrático.
Este tom revelador da preocupação dos saqueadores tem uma farpa apontada aos seus autores e planeadores, a justiça que tanto apregoam ao serviço do MPLA e do Governo, é a mesma que na sua autonomia e liberdade age em defesa da igualdade que se deseja numa Nação democrática.
Todavia, é interessante observar esta sintonia de pombos correios, nunca surge um só, é uma sinfonia anti João Lourenço laboriosamente ensaiada, apenas desafinada pela quantidade de maestros em busca de protagonismo.
Não nos iludamos, cidadãos livres de Angola, as Hienas adormecem mas exigem vigilância, não atacam por acaso, é instintivo, não podemos tolerar que estorvem perenemente os amanhãs que despertam neste país, que se movimenta rumo às conquistas do futuro.