Tem passado despercebido o último texto de M. Moco publicado no Club-K. Além da choraminguice habitual, Moco declara vivamente:
“valerá a pena a oposição priorizar a questão das eleições autárquicas, nesta legislatura, como a próxima importante tarefa? Quem as organizará? Em que tribunais terminará o processo, se for necessário? Teremos aprendido alguma coisa com as recentes/passadas eleições?”
Daqui se conclui, sem dúvidas, que Moco não vê as autarquias como prioridade. Aliás, já Rafael Marques recentemente tinha afirmado algo de semelhante acerca das autarquias, dizendo que estas não iam resolver os problemas do país.
Começa-se a formar nas terceiras vias (que não sabemos o que são) a ideia que as autarquias não são necessárias ou não resolvem nada.
No caso de Moco, ele quer substituir as autarquias por um novo congresso da nação. Ou Moco não percebeu que esse congresso foi uma mera porta-giratória para alguns terem acesso ao lugar de deputado da UNITA, ou quer fazer de todos parvos. O que é certo é que Moco fala tanto e tão confusamente que se atropela no peso das próprias palavras.
Mas a sua verdade aí está: as autárquicas não são prioridade para Moco.
Grave nas declarações de Moco é o renovado apelo à violência. Diz Moco:
“não sobrará outra alternativa, especialmente, às gerações que não vivenciaram as vicituddes das antigas guerras a enveredarem por novas formas violentas para acabar com esse cículo vicioso, mais cedo ou mais tarde.”
Estes intelectuais de sofá parece que querem que outros derramem sangue pelas suas ambições: tivemos Fernando Macedo, Paula Roque e agora temos Moco, a apelar a novas formas de violência para derrubar o regime. É muito perigoso quando os intelectuais querem trocar a sua caneta pela pistola dos outros.