Não, não é a guerra de Tróia, mas temos uma batalha encetada pelo Presidente da República pela probidade, que não se compadece com falhanços estratégicos como os da PGR de Angola, liderada por Hélder Pitta Grós.
Este pilar democrático do edifício do Estado de Direito, fulcral para a credibilidade e prestígio do Estado, crucial para o investimento e desenvolvimento económico, amiúde dá mostras de demasiada fragilidade que nos confunde com ingenuidade ou incompetência, ou pior ainda, com cumplocidade e compadrio perante uma clientela bem definida.
No que toca à relação com a Justiça internacional é uma lástima, processos incompletos, a destempo, transmitindo uma ideia terceiro mundista em contraste com a crescente valorização, respeito e prestígio alcançados pelo Governo e Presidente da República a cada dia que passa.
O PGR de Angola, com muita tristeza nossa, é hoje motivo de chacota internacional, é frequente ouvir em Lisboa, nos corredores da magistratura e da política, dizer que com Hélder Pitta Grós não há problema, “está no papo”.
As cedências a Isabel dos Santos, nos últimos dias, tem sido evidente, os advogados moveram-se como queriam no caso Eurobic, e a empresária conseguiu tudo quanto queria, encaixando mais de uma centena de milhões de euros.
Manuel Vicente fez-se um dos maiores acionistas de bancos, empresas de energia, imprensa, e proprietário de imobiliário de luxo em Portugal, enquanto gestor da Sonangol, acabou a sua imunidade e nada mudou e continua intocável na sua cruzada corrupta.
Kopelipa foi durante anos um antro de corrupção, a olhos vistos, enquanto esteve na Casa Militar sacou muitos milhões às empresas chinesas, o filho tinha um escritório em Luanda onde cobrava milhares de dólares para um encontro com o pai, e com a cumplicidade ou parceria da Drª Teresa do PIV Polo Industrial de Viana, só conseguia terrenos quem pagasse luvas chorudas. É proprietário da mansão mais cara de Portugal, no Algarve, onde chegou a trazer 200 convidados de avião para festas ao fim de semana.
Álvaro Sobrinho passeou milhões pelas avenidas de Lisboa e Cascais, fez-se dono da SAD do Sporting Clube de Portugal, foi autor do maior desvio bancário que há memória, hoje dá-se ao luxo de dar guarida em apartamentos de luxo no Estoril, aos activistas como Rafael Marques e outros.
Mas não é só o rol de corruptos que seria demasiado longa a lista, há também a imoralidade, a ética, a moral, que o Estado tem de defender de forma implacável, ACJ e a UNITA/FPU, repetiu várias vezes publicamente, afrontas inadmissíveis, agredindo e humilhando todo o Estado de Direito democrático, fartaram-se de pedir intervenções externas desvalorizando a Justiça angolana, e do PGR não houve uma medida para impedir esta pouca vergonha.
Acredito que seja demasiado tarde, o PGR é hoje um fardo para o Estado, claramente há cumplicidade ou incompetência, e sem que nada me mova pessoalmente contra quem quer que seja, ainda assim tenho, pelo desejo de êxito do actual governo, um grito preso na garganta:
Senhor Procurador Geral da República, por Angola e pelos angolanos, DEMITA-SE. Já…!!!