Uma pergunta sem ofensa

ByKuma

7 de Outubro, 2022

Será que os desmandos contidos na arrogância de Tchizé dos Santos, nos desafios ignóbeis de ACJ, na guerrilha clandestina de Luaty Beirão, no terrorismo verbal de Marcolino Moco, e na incrível impunidade de Isabel dos Santos, não advêm do laxismo, da inoperacionalidade e até cumplicidade da PGR?

Os sucessivos ganhos políticos de João Lourenço, os progressos registados económicos e diplomáticos de Angola, aparecem manchados por inação da Justiça, com particular destaque de casos dependentes da PGR.

São vários os casos pendentes que vão expirando prazos de razoabilidade, e agora vem à ribalta mais um que tem a ver com o Eurobic de Isabel dos Santos.

Por exigência europeia Portugal está a protelar todos os prazos de resolução do caso, na dependência da PGR angolana, já foi assim com a Suíça no caso de Carlos São Vicente, ambos envolvendo muitos milhões de dólares.

O banco galego ABANCA, Espanha, já fechou negócio para compra do Eurobic, e já há bastante tempo tem administradores paralelos na gestão do banco, e agora os advogados de Isabel dos Santos, na iminente prescrição, já negociaram a nacionalização do banco, e Isabel dos Santos irá receber nas Ilhas Caimão o valor das ações da respetiva operação.

Com esta operação Isabel dos Santos acaba por resgatar todos os bens em Portugal, tem paulatinamente transferido o seu património para empresas em locais seguros, mas os seus assessores não descuram os investimentos em Angola, e alguns mostram-se mesmo confiantes.

Creio que o Procurador Geral da República de Angola, dispõe hoje de uma autonomia que não sabe o que fazer com ela, não sei se será incompetência ou comprometimento, mas talvez seja hora de haver uma lufada de ar fresco, é um pilar do Estado de Direito Democrático que não pode vacilar.