Após derrotas sucessivas, fracassos repetidos, reconhecimento público da sua indigência política, ACJ está cada vez mais só na UNITA, mas é ainda o embaixador dos interesses externos subversivos em Angola, e jogará todos os trunfos para a sobrevivência, já que paradoxalmente, é, a partir de agora, na sua terra onde se sente mais seguro.
Com a previsibilidade de desenvolvimento significativo de Angola, projectado em todos os estudos internacionais, tacticamente ACJ vai estabelecer uma proximidade com João Lourenço, e a exemplo do caracterizado no seu ADN, tantas vezes executado, vai tentar tirar partido do positivo como consequência do seu contributo, e jogar o ónus do negativo para o governo, e, simultaneamente vai usando essa artimanha para manter a liderança do Galo Negro.
Lukamba Gato abandonou definitivamente a política, na África do Sul procura uma parceria para uma empresa de curtumes em Angola. Abel Chivukuvuku vai para Lisboa gerir os investimentos na hotelaria e numa trading comercial.
Tchizé dos Santos abandonou ACJ e com os irmãos sob a liderança de Isabel dos Santos, apostam na emergência de Luaty Beirão, e estão a negociar com o Vaticano, onde José Eduardo dos Santos tinha guardado parte substancial da sua fortuna.
Nélito Ékuikui é apontado pela juventude como o eleito para render ACJ, é uma questão de tempo, ainda há contas a acertar e acusações não faltam.
Resta como trunfo a ACJ esta nuance, mesmo ténue, de capitalizar estas reuniões com João Lourenço, mas com a previsível alta do petróleo, os abutres vão estar sempre em alerta, é tempo de exigir ao líder da Oposição clarificação e posicionamento face aos desafios do país.
Hoje mesmo a União Europeia realçou o trabalho do Governo em Angola em matéria de recursos hídricos, a todos os níveis, captação, abastecimento, energia, e irrigação, base fundamental para o crescimento sustentado, e fixação das pessoas nas suas terras.