São homens que dirigem as instituições, mas são as instituições que respondem perante os homens, logo, exige-se coragem, determinação, transparência sem hesitações nem vacilos na Autoridade do Estado.
A tolerância da PGR perante os constantes desafios colocados pela UNITA e ACJ, a começar pela ilegalidade da FPU e dos desafios, ameaças e insultos públicos dos magistrados ao Presidente da República, evidenciam um laxismo ou incompetência inadmissíveis do Ministério Público.
Posso estar a ser injusto enquanto opinador, mas como cidadão sinto falta de acção da PGR à semelhança de paralelismos de outras paragens.
A incapacidade demonstrada quando da transladação dos restos mortais de José Eduardo dos Santos, foi tímida, ineficiente, e em momento algum se sobrepôs publicamente ao carnaval encetado pela clã Dos Santos, sobre tudo a Tchizé dos Santos.
A invasão sistemática das redes digitais por um terrorismo meticulosamente elaborado e concertado, a rosto descoberto, sobrecarregando a Ordem Pública aos Serviços de Inteligência e Policiais, a quem pesam o Ónus da vigilância e prontidão para garantir a normalidade.
Depois de Isabel dos Santos ter sido detida nos Países Baixos (Holanda) por acusações de corrupção e branqueamento de capitais, não houve qualquer diligência por parte da PGR de Angola para dar seguimento à justiça em curso no país.
Recentemente ficámos a saber que a Suíça, pese embora muita deturpação oportunística, bloqueou os milhões afectos a Carlos São Vicente, que pertencem inequivocamente ao património de Angola.
Agora veio a público que por incapacidade e inoperacionalidade da PGR de Angola, o Governo Português poderá nacionalizar o BIC Europa a exemplo da EFACEC, onde Isabel dos Santos é accionista maioritária, para proceder à venda ao banco galego ABANCA, negócio já realizado há muito.
Podem colocar-se barreiras, invocarem-se incompatibilidades jurídicas, mas para o cidadão comum, fica a ideia de cumplicidades que adiam permanentemente o confisco dos bens do Estado nas mãos de prevaricadores.
A democracia precisa de músculo, a justiça moderna é feita e comunicada, tem de ser perceptível ao cidadão a acção da justiça, é no escrutinar cívico que mora a autoridade da República, na Liberdade, Fraternidade e Democracia.