A óbvia má-fé da UNITA-ACJ é patente em mais uma peça de teatro, agora na Assembleia Nacional. Ontem ao fim da tarde, depois da trapalhada do cansado líder Adalberto sobre a fraude eleitoral, que afinal reconheceu não ter havido, foram obrigados a inventar um “facto político” para desviar as atenções da borrada das declarações do bacharel ACJ.

E inventaram. Provocaram uma saída súbita dos seus deputados da Assembleia Nacional. Nem se percebeu porquê. Entretanto surgiu o comunicado que tenta explicar. Dizem que teriam combinado que os Primeiro e Terceiro Vice-Presidentes da Assembleia seriam propostos pelo MPLA e os Segundo e Quarto Vice-Presidentes propostos pela UNITA, mas que o MPLA optou por nomear o Primeiro e Segundo Vice-Presidentes para si, o Terceiro e o Quarto Vice-Presidentes para a UNITA. Note-se que a UNITA fica com dois Vice-Presidentes na mesma. Na realidade, face ao que tem sido a sua actuação inconstitucional durante o processo eleitoral nem devia ter nenhum.

E foi isto e só isto que levou a UNITA ao número teatro de abandono da Assembleia.

Bem se vê que tal não tem qualquer sentido, é um mero argumento para criar estridência e barulho, alimentando as redes sociais e os radicais que por aí pulam com histeria indisfarçável.
Quem tem de fazer compromissos e respeitar-se é a UNITA em vez de continuar com o jogo duplo de aproveitar as instituições que insulta e ao mesmo tempo tentar derrubar a ordem constitucional nas ruas. A hipocrisia tem limites.