Portugal nos últimos tempos tornou-se a base de ataque ao governo legítimo de Angola. Todos os dias sem qualquer contraditório, o Presidente da República é insultado, chamado ditador e coisas piores, provenientes de Portugal.
O Presidente e o governo português, que se saiba, nem sequer cumprimentaram João Lourenço pela sua vitória, ao contrário de Moçambique, África do Sul, Rússia, entre outros. Mesmo que essa vitória seja disputada, como está a ser, prevalece até ser anulada, se fosse o caso. Os juristas que dirigem Portugal sabem disso…É estranho tanto silêncio.
Contudo, a questão que nos surpreende não é Portugal ter-se tornado uma plataforma de agressão neo-colonial a Angola, é a falta de resposta das instituições oficiais angolanas. Uma coisa é a liberdade de expressão no país e a forte discussão que internamente está em curso a propósito das eleições.
Outra coisa é um país terceiro, antiga potência colonial, servir de palco para toda uma actividade contrária à ordem constitucional angolana que no final procura destruir o seu governo legítimo.
Algo deveria ser feito, senão tolerância confunde-se com fraqueza.