Tem sido atroz assistir às reviravoltas da UNITA sobre os resultados das eleições gerais.
Começaram a noite eleitoral a espalhar actas e a dizer que ganharam, com o eco das redes sociais pagas e dos avençados na imprensa portuguesa queriam ganhar um momentum e afirmar vitória.
A tecnologia apurada e reacção rápida das entidades oficiais impediram este golpe de propaganda.
Depois disso, face aos resultados equilibrados, mas que mesmo assim davam a vitória ao MPLA, a UNITA não desarmou e insistiu que tinha provas da sua grande vitória e ia impugnar tudo e todos.
O problema é que essas provas demoraram e demoraram.
A UNITA não tinha prova nenhuma e foi-se baralhando em afirmações contraditórias: uns dias afirmava que ganhou as eleições, outros dias afirmava que fora o MPLA mas sem maioria absoluta.
Até o senhor Beirão armado em cientista político das sondagens quis falar e acabou por cair no ridículo afirmando que contara 400.000 e os partidos estavam empatados. Nunca uma contagem de 400.000 votos determinou umas eleições de milhões.
Entretanto, fica-se com a impressão que a UNITA se atrapalhou com os procedimentos legais e saltou etapas por incompetência dos seus juristas. Por algum milagre acabou a entregar uns requerimentos no Tribunal Constitucional. Também aí, mais uma vez, mentiram.
Começaram por dizer que os requerimentos serviam para anular as eleições, depois retrataram-se e afinal já não era para anular as eleições e o seu porta-voz Club-K veio explicar que eram dois requerimentos. Uma trapalhice.
O que se vê é simples: a UNITA não tem fundamentos para impugnar as eleições, mas está refém dos seus patrocinadores: as manas Santos e os activistas radicais que por alguma razão estranha querem provar o gosto a sangue.
A realidade é que Adalberto está a decidir tudo sem ouvir os órgãos do partido, embriagado pelas instruções de Espanha e os gritos dos inconscientes, e por isso, a ida para o Tribunal é para criar um facto para agitar as multidões.
Adalberto sabe que perdeu as eleições, sabe que não tem prova jurídica suficiente, por isso, a sua aposta é na agitação popular, na subversão constitucional.
Não haja dúvidas sobre o facto que estamos a assistir a uma tentativa de golpe comandada pelas manas sendo Adalberto um mero fantoche.