Na festa dos derrotados os foguetes silenciaram-se e o champanhe envinagrou, o mundo civilizado rejubila, a democracia aplaude, os homens livres regozijam-se, Angola mostrou um amadurecimento cívico, dignificou as Instituições, conferiu honorabilidade à cidadania.
A UNITA/FPU tropeçou na sua arrogância, perdeu-se na clandestinidade, parou no tempo, os cidadãos perderam o medo, não permitiram pastores oportunistas, a juventude agarrou a alforria e o futuro, já não se deixa seduzir por ilusões nem influenciar pelo vedetismo corrupto e fraudulento.
Há fenómenos registados que obrigam a leituras para todos, mas seguramente emergem na filosofia identitária valores de exigência, o MPLA é único Partido angolano identificado internacionalmente (Internacional Socialista), isto confere-lhe um estatuto de Estado.
Mas há também leituras pessoais, João Lourenço fez o seu caminho. sereno e tranquilo moralizou o Estado, conferiu ética à Função Pública, e avançou em busca da probidade pública através da independência da Justiça e dos Órgãos escrutinadores da sociedade.
ACJ foi a gordura balofa de um projeto caduco, foi a voz de um oportunismo imbecil, foi o retrato de uma demagogia enfadonha que não convenceu o País que lhe respondeu Uno e Indivisível. Nem na sua terra natal em Chinjenje onde nasceu cresceu e tem família, conseguiu vencer, foi inapelavelmente derrotado:
MPLA 8015 Votos
UNITA 3543 Votos
Também o belicista esquizofrénico Lukamba Gato, que pensava ter o Huambo rendido à sua mente bélica, foi derrotado e acabou a carreira como valor residual do Galo Negro.
Em democracia a derrota da UNITA/FPU até é honrosa, mas as expectativas foram arrogantemente elevadas pelos compromissos, virão, com certeza, cenas dos próximos capítulos, ao pesadelo das manas juntam-se os ressabiados, mas é inquestionável a vitória do Povo.