Hora de reflexão

ByTribuna

23 de Agosto, 2022

Que pensar desta campanha eleitoral?

Não houve incidentes violentos, nem mortos, nem reencontros físicos graves. Foi pacífica. Esta uma primeira grande vitória da democracia.

Ninguém pode dizer que houve medo e ameaças.

Existiram grandes manifestações dos partidos, os líderes andaram por onde quiseram e as pessoas expressaram-se como quiseram.

Grande demonstração de liberdade de expressão e manifestação. Se isto não é democracia, o que é a democracia?

A opinião pública tem a impressão que as eleições estão renhidas, há uma hipótese maior da vitória de um partido, mas a do outro também existe.

Quer isto dizer que as eleições foram livres e temos um verdadeiro espírito democrático competitivo.

Estes são os aspectos manifestamente positivos da campanha que mostrou um país democrático e livre, ao contrário do que muitos, mal-intencionados, dizem.

Aspectos negativos foram as constantes acusações de fraude por parte de alguma oposição. Não se percebe porque num ambiente de tão grande liberdade em que ninguém impediu nada, se continuam a vitimizar e a falar de fraude. É contrário aos factos no terreno.

O outro grande aspecto negativo foi alguma imprensa estrangeira, cujos jornalistas despiram a camisola do jornalismo sério e imparcial e vestiram a camisola de propagandistas de um partido da oposição deturpando factos e enviesando histórias.

Sobretudo na imprensa portuguesa isto foi mesmo mau e vergonhoso demonstrando uma comunicação social lusa dependente política e economicamente de financiamentos externos que não asseguram a sua independência. Foi mau para a democracia angolana, mas também é mau para a democracia portuguesa pois vê-se uma comunicação social dependente e parcial.

Mas apesar destes excessos, a campanha foi uma festa vigorosa da democracia angolana.