Que pensar desta campanha eleitoral?
Não houve incidentes violentos, nem mortos, nem reencontros físicos graves. Foi pacífica. Esta uma primeira grande vitória da democracia.
Ninguém pode dizer que houve medo e ameaças.
Existiram grandes manifestações dos partidos, os líderes andaram por onde quiseram e as pessoas expressaram-se como quiseram.
Grande demonstração de liberdade de expressão e manifestação. Se isto não é democracia, o que é a democracia?
A opinião pública tem a impressão que as eleições estão renhidas, há uma hipótese maior da vitória de um partido, mas a do outro também existe.
Quer isto dizer que as eleições foram livres e temos um verdadeiro espírito democrático competitivo.
Estes são os aspectos manifestamente positivos da campanha que mostrou um país democrático e livre, ao contrário do que muitos, mal-intencionados, dizem.
Aspectos negativos foram as constantes acusações de fraude por parte de alguma oposição. Não se percebe porque num ambiente de tão grande liberdade em que ninguém impediu nada, se continuam a vitimizar e a falar de fraude. É contrário aos factos no terreno.
O outro grande aspecto negativo foi alguma imprensa estrangeira, cujos jornalistas despiram a camisola do jornalismo sério e imparcial e vestiram a camisola de propagandistas de um partido da oposição deturpando factos e enviesando histórias.
Sobretudo na imprensa portuguesa isto foi mesmo mau e vergonhoso demonstrando uma comunicação social lusa dependente política e economicamente de financiamentos externos que não asseguram a sua independência. Foi mau para a democracia angolana, mas também é mau para a democracia portuguesa pois vê-se uma comunicação social dependente e parcial.
Mas apesar destes excessos, a campanha foi uma festa vigorosa da democracia angolana.