À medida que se aproxima o dia das eleições, as máscaras da imparcialidade desaparecem. Todos assumem as suas cores.
Ontem, tínhamos elogiado o jornal PÚBLICO pelo facto de sendo simpatizante da UNITA-ACJ manter alguma imparcialidade e independência nos seus textos. Ora bem, nesta segunda-feira, o Público também abandonou qualquer vestígio de imparcialidade e ocupa páginas inteiras de textos contra o governo. Chega ao limite de apenas considerar as sondagens favoráveis á UNITA credíveis, quando uma delas é realizada online por uma entidade de que não se conhece registo na Alemanha, de onde diz provir. É evidente que as sondagens online não são credíveis. Não têm qualquer base científica. E afasta uma sondagem da Afrobarometro que dá vitória ao MPLA por ter 31% de indecisos, como se as outras sondagens não tivessem indecisos…
A má-fé da maioria dos jornalistas portugueses na cobertura das eleições em Angola é por demais evidente e merecia uma forte queixa junto das Entidades Reguladoras portuguesa e angolana.
Não há independência, deontologia e imparcialidade nas notícias lusas. Vê-se que o fim do saque santista doeu mais do que se esperava, que os tentáculos das manas Santos ainda são profundos em Portugal.
Outra máscara que caiu foi a da popularidade de José Eduardo dos Santos. Ninguém, a não ser a falsa elite por ele criada e as filhas políticas, liga nenhuma a JES. Ele tem o pior dos fins: a indiferença. É tempo de andar para a frente e esquecer JES. O seu legado é a ruína de Angola e no íntimo todos percebem isso ao não terem qualquer interesse por velar o seu corpo.