Silêncio e sombras

ByKuma

9 de Agosto, 2022

Não há Matildes puritanas nem políticos inocentes, a mentira e propaganda têm limites e fronteiras quando o tacticismo colide com a Ordem Pública estabelecida. A UNITA/FPU está prisioneira de uma fragmentação visível, que a empurra aceleradamente para o limite da sã convivência político social, mergulhada em contradições notam-se diversos caçadores atrás do mesmo troféu.

O aparente disfarce convivial nos ajuntamentos, esconde ódios de estimação, os ecos das bases fazem tremer a estrutura, e o endosso do itinerante Chivukuvuku de responsabilidade única ao líder ACJ, tem um objectivo claro para quem conhece o primitivismo da seita oligarca déspota familiar, as incompatibilidades tendem a elevar-se ao rubro com o líder nos cornos do touro, e a vitimização estratégica levada ao extremo, para alguns ilustres militantes do Galo Negro, pode levar à eliminação física de ACJ pelos tacticistas silenciosos e ausentes, na execução do plano assim que estejam reunidas todas as condições de culpabilizar o MPLA e João Lourenço.

Acredita-se pelo semblante de ACJ nas últimas aparições públicas, que a desfiguração não seja apenas fadiga, segundo os amigos financiadores, ele sente-se só, sente que a traição o cerca a cada instante, e aos mais próximos confessa medo da própria UNITA/FPU. Um membro da direcção do Partido com cargo de relevo no SOVISMO, próximo do capataz Lukamba “Miau” Gato, afirma mesmo que ACJ jamais será presidente da república pela UNITA, nem que chova canivetes.

A verborreia de Abel “Totozinho” Chivukuvuku anunciando o desejo de viver tranquilo em Portugal e Estados Unidos da América, é pura táctica de sanzala para iludir a arquibancada, ele sempre mostrou ganância pela presidência da república, faz do programa estabelecido na Vila Alice, onde com o desaparecimento de ACJ seria ele o futuro Chefe de Estado, partindo do pressuposto que vencem as eleições.

Falta pouco, muito pouco, e como em todas as farsas, as surpresas ficam para o final, vamos esperar para saber se BONGA cantou para o iluminismo ou para as trevas.