Ontem num repasto modesto com o meu amigo Solunga, jovem da oligarquia déspota familiar, dissidente das minudências parentais, estranhei ele levantar-se para ir ao WC e levar o copo consigo, indelicadeza pouco habitual. Entre amigos indaguei o gesto, fui surpreendido com a resposta; Maninho, na UNITA já nem na família confiamos mais, hoje mesmo mais um nosso compatriota deputado morreu de repente, é a justiça da Jamba a funcionar.
Estupefacto calei o pensamento e não contrariei, muitos desprevenidos, infelizmente, já não estão entre nós. Fiquei a saber, ele é voz avalizada, que os jovens filhos dos dirigentes da UNITA, os oficiais como Chiwale, Manuvakola, Mulato, e clandestinos como Lukamba “Miau” Gato, inseridos na sociedade angolana e luandense, rejeitam cada vez mais o Galo Negro, veem a oportunidade de servir o país pela via MPLA.
Hoje mesmo, chegam-nos informações de uma clara revolta da maioria esmagadora dos protestantes da UNITA, descontentes com o assalto e subserviência da Igreja Católica, gera indignação e é entendida, também, como uma afronta, repetida, à Constituição da República de Angola, que plasma um Estado Laico próprio das democracias civilizadas.
Trucidado politicamente está o rejeitado Abel “Totozinho” Chivukuvuku, conseguiu o milagre de unir o Galo Negro contra a sua inclusão na lista de candidatos, ACJ “Bétinho” em pânico promete agora lugares extra-parlamentares e nas embaixadas, aos oportunistas Moco, Viana, e de guarda do parque de estacionamento ao pateta Raúl Dinis.
No próximo plenário do Parlamento Europeu em Strasbourg, França, vai ser proposto um convite do Partido Popular Europeu, o maior da Europa, onde coabita o PSD e o CDS, um convite ao Presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, para visitar o Parlamento, em claro apoio a Angola no actual contexto global, e com a demonstração de grande preocupação com a UNITA, o mundo não precisa agora, de uma desestabilização regional em África, e a Paz e Segurança das relações multilaterais e estabilidade das rotas marítimas, só é assegurada pela continuidade do actual Governo.
Há a expectativa de Angola vir a ser, a breve trecho, o celeiro de África, as eleições de Agosto são o momento de viragem, é a oportunidade que os angolanos não podem perder.