Em Angola chama-se mandioca, no Brasil chamam-na de macaxeira em várias regiões, e ela é também conhecida como aipim. O nome não é o mais importante. O que a coloca no topo das nossas preferências, ou deveria colocar é a sua preciosidade alimentar. A mandioca foi eleita em 2016 o alimento do século XXI pelas Nações Unidas (ONU); será que merece tal epíteto?
Ela é rica em fibras, vitamina C e hidratos de carbono. Um aspecto muito importante é que previne a diabetes e dá-nos uma sensação de saciedade. Muito popular entre os praticantes de actividade física, a mandioca é um alimento extremamente versátil. A composição da sua raiz (polpa, fibra e água) permite que ela seja utilizada de diversas formas, como farinhas, fécula ou goma, tapioca, polvilho azedo, mandioca cozida ou frita – e cada um deles passa por um processamento específico para a obtenção do produto final.
No nosso país, a mandioca tem uma produção anual estimada em mais de 11 milhões de toneladas. Actualmente, somos o terceiro maior produtor de África, atrás apenas da Nigéria e do Gana, e segundo o governo angolano a grande aposta vai ser na sua transformação em amido. A estratégia visa criar programas específicos de aproveitamento da mandioca, através da promoção da produção desta raiz, bem como na criação de incentivos à compra, transformação e consumo dos vários subprodutos derivados da mandioca.
De acordo com alguns nutricionistas, a mandioca é uma ótima alternativa para quem quer manter uma dieta sem glúten. Comparando-a com o trigo, por exemplo, que é um cereal e também é fonte de energia, a vantagem é que ela pode ser consumida por celíacos e intolerantes ao glúten.
Se ela merece ou não o título de alimento do século, não sabemos, mas que ela merece e muito estar entre os alimentos regulares da nossa alimentação diária, disso não tenhamos dúvidas. Quem a consumir vai certamente deleitar-se com o seu sabor, e quem não gosta de a comer de uma determinada maneira, conseguirá comê-la de outra maneira, pois existem mil e uma maneiras de a preparar.