Há umas semanas, o CEO da Galp respondia a umas perguntas de uns jornalistas portugueses sobre a participação da Sonangol na empresa portuguesa de forma condescendente. O chefe da Galp afirmava que o sócio efectivo era a família Amorim, e tratava a Sonangol como algo de irrelevante. Alguns especialistas ficaram espantados, outros acharam que era inexperiência do estrangeiro agora à frente da Galp e não ligaram muito.
Tem havido alguns estudos que levantam dúvidas sobre os benefícios da participação da Sonangol na Galp, sobretudo por ser indirecta e não se ver resultados reais.
Hoje surge mais uma surpresa desagradável por parte da Galp. Faz anunciar na imprensa financeira internacional que está a avaliar a possibilidade de vender as suas operações de extracção petrolífera em Angola. E acrescenta que ao contrário do Brasil, Angola não é uma área de crescimento para a Galp neste negócio. Por sua vez, na última sessão da bolsa, as ações da Galp subiram 4,30% para 11,63 euros.
Se a Galp não tem interesse em Angola, menos ainda Angola deverá ter interesse na Galp e deveria clarificar a sua posição ou vendendo as acções que lá detém, agora que estão em alta, ou assumindo um papel preponderante na gestão da Galp. Estar nesta situação de quase humilhação e vista como algo a descartar é que não!