Primeiro, encolheram- se os ombros. As diatribes de Moco contra o Presidente da República não passavam de espasmos de um político frustrado e vagamente senil.
Mas Moco tem vindo a insistir e aumentar o tom.
De desabafos tontos, as “moquices” transformam-se em ataques ácidos às instituições, um apelo à sublevação e ao desrespeito das decisões dos tribunais.
A mais recente entrevista à rádio Ecclesia é isso mesmo e coloca a Procuradoria-Geral perante um dever funcional de acção criminal.
Para aqueles que dizem que não há liberdade de imprensa, aqui temos uma prova contrária. Moco abre a boca perante os microfones e diz o que lhe vem à cabeça.
Agora é que o Executivo, logo o Presidente da República, vai utilizar todos os meios para afastar Adalberto da liderança da Unita e que decide pelo Tribunal Constitucional.
É evidente que estas e outras afirmações já não são manifestações da liberdade de expressão, mas abusos, extravasando, os limites da liberdade. Estaremos mesmo no âmbito do direito penal. Pode- se invocar o artigo 333º sobre o ultraje aos órgãos de soberania ou outros sobre calúnia, difamação, etc. O certo é que Moco já está fora-da- lei.
Moco certamente já se alistou na Unita para se desdobrar em tanta bajulação a Adalberto. Diz que ele fala muito e bem. O problema é que fala e não diz nada. Aliás, vê- se também que o ataque de Moco ao Tribunal Constitucional é concertado com o Club-K e José Gama. Fazem todos parte da mesma equipa coordenada de subversão da Ordem Constitucional.
É tempo de acabarem as tolices.