Quando Angola é laboratório de barbárie!

ByMartinho Júnior

16 de Fevereiro, 2022

A indefectível pista neocolonial tem um nome: UNITA…

… E Adalberto é o seu actual bárbaro de serviço!

Savimbi!…

… Quando devia integrar a luta armada de libertação nacional, colocou-se por via da Operação Madeira, como um “fiel bailundo” ao serviço do colonialismo português (1966/1974) …

… Quando devia contribuir para lutar pelas independências da Namíbia e do Zimbabwe e ao mesmo tempo acabar com o “apartheid” e sua pérfida “border war” a fim da África do Sul alcançar a plataforma da “democracia representativa” que constituía a aspiração mínima dos povos de todo o continente, aliou-se à nazi “irmandade africâner”, alimentando fogueiras onde eliminou alguns dos seus próprios correligionários e retardando o colapso institucional de sua obra comum multiplicada em bantustões (1974/1991)…

… Quando devia reforçar a identidade angolana, dando seu contributo a um projecto de cultura patriótica de que tanto carece o país, tornou-se num dilecto “freedom fighter” fantoche do neoliberal presidente republicano dos Estados Unidos, Ronald Reagan, introdutor do choque neoliberal no laboratório chamado Angola (1981/1991) …

… Quando enveredou por fim pelo choque neoliberal com a sua “guerra dos diamantes de sangue” tirando partido de 1992 a 2002 do beneplácito do Acordo de Bicesse que ele próprio coassinou a 31 de Maio de 1991, triturou com exacerbado terrorismo, de forma caótica e sangrenta, de norte a sul e do leste ao oeste, o seu próprio país, semeando abissais assimetrias e desequilíbrios, contribuindo para colocar Angola na escala mais baixa dos Índices de Desenvolvimento Humano de que a tanto custo tenta desde 2002 emergir…

… Adalberto…

… Quando seus continuadores na UNITA, 20 anos depois do fim de Savimbi, esquecendo perdões, amnistias, benesses e regalias de toda a ordem, deveriam contribuir para a garantia da paz, para o progresso do seu povo e do seu país e para o renascimento angolano como contributo de fundo para o renascimento africano, eis que surgem dos sectores mais retrógrados da inteligência europeia cultivada em época em estertor de afã neocolonial, uma eminência parda feita BRINDE cultora de arruaças, um presidente português fiel à matriz da UNITA!…

… A saga etno-nacionalista do presidente português da UNITA é de tal ordem, que procura clãs de outras formações sociopolíticas nas colagens que sua opção como uma corrente neocolonial é estimulada a praticar, desde longe e longa data, nos mais afoitos laços do carbono puro que continua a ser vínculo “genético” de primeira grandeza!…

Dar espaço no estado angolano ao peso da barbárie, é colocar retrógradas amarras à ânsia justa de liberdade e de aprofundamento da democracia, protelando as mais legítimas aspirações de desenvolvimento sustentável para as presentes e futuras gerações de angolanos e africanos!…

… Quem depois da gesta patriótica do movimento popular de libertação se vai inspirar numa persistente trilha cultora de terror, de ódio e de esterilidade neocolonial?

… Quem aceita votar nesse crime de lesa pátria?