O Ferreirinha piu piu

ByKuma

15 de Fevereiro, 2022

Por incompetência, passividade, tacticismo e obscuridade, houve figuras decorativas no Sistema engendrado por José Eduardo dos Santos, que legitimaram e participaram do saque generalizado das finanças do Estado via Sonangol. O Juiz Presidente do Tribunal Constitucional Rui Ferreira, foi o rosto da impunidade e da servidão voluntária, atingiu o cume da falta de vergonha ao usar a Batina Negra e o Colar Institucional, para sancionar as mais hediondas farsas do Regime, a troco de fortuna fácil, dele e de toda família.

Com a probidade estabelecida obstinadamente pelo Presidente João Lourenço, mesmo catapultado para Juiz do Supremo, sentiu-se deslocado porque o povo começou a ter voz, a perder o medo, e começou a escrutinar os Órgãos de Soberania, não oportunisticamente de forma arruaceira como faz a UNITA e ACJ, mas com factos que evidenciam verdades inconvenientes, que incomodam e amordaçam a dignidade de alguns intocáveis como Rui Ferreira.

Apartamentos em São Paulo no Brasil, um Resort de luxo numa praia paradisíaca no Nordeste do Brasil, e colégios em Luanda e Benguela dedicados aos meninos do Regime, como os Elisângela Filomena, compõem a face visível do iceberg dos milhões acumulados até à posse de João Lourenço.

Rui Ferreira foi um mercenário mercantilista, um “bufo”, servia Zédu e Unita, e foi advogado e consultor jurídico de empresas internacionais que sobre faturavam facturas ao INEA ao longo dos anos, evitou sempre dar nas vistas em Portugal, porque havia muita gente de Benguela a escrutinar os ladrões e novos-ricos angolanos, daí o interesse no Brasil, em investimentos com a sua irmã Fernanda.

Claro que nos novos tempos sentiu-se incomodado, quis ir embora, mas sem vergonha veio a público criticar a sua própria actuação no descalabro económico do país, e como sopram novos ventos, fugiu e não sabe de que lado está, é parte visível do que sempre foi, nem carne nem peixe, é o rosto desfraldado da ambiguidade, são as tais toupeiras insignificantes, mas perigosas, são exímios exemplares da traição.

O futuro de Angola jamais será erguido com gente assim, são ícones de um passado recente que urge esquecer, a história reservar-lhes-á o lugar próprio nas páginas dos medíocres, é bom que nos legados vindouros constem aqueles que sonegaram o desenvolvimento em proveito próprio.