Depois de esgotado o protagonismo na América Latina, onde geraram antagonismos revolucionários e colapsos sociais, o clero católico tem estado a rumar a África, e Angola é hoje uma zona tampão do avanço do islamismo fundamentalista a Oriente e Ocidente.
Desde o Império Romano à Santa Inquisição e à colonização dos Povos, Roma foi guia de grandes catástrofes na Humanidade, foi cúmplice na matança hedionda nas Américas, e mesmo recentemente, já no nosso tempo, tivemos o conflito em Chipre com o Arcebispo Makários, e a Guerra Civil em El Salvador liderada pelo Arcebispo Óscar Romero. No Brasil o risco de uma Guerra foi iminente com a Igreja dita da Salvação, liderada pelo Arcebispo de São Paulo D. Paulo Evaristo Arns.
Foi contra ditaduras católicas que Simon Bolivar resgatou parte da América Latina, e em Cuba, Fidel Castro teve de lutar contra Fulgêncio Batista enfeudado à Igreja Católica.
Em termos de governação a Igreja Católica é parceira de ditaduras sangrentas e exploradoras das sociedades, e em termos morais e intelectuais tem colados a si abundantes matanças e a maior rede pedófila mundial encoberta no medo das represálias conhecidas. Fala-se até de tráfico de Órgãos Humanos através de ONG’s ligadas a missionários espalhados em África.
Em Angola o risco é elevado porque a verborreia clerical patenteia divisão, de forma subreptícia vislumbra-se racismo e separatismo, e o protagonismo tentado é para assumir o controlo da Oposição, não só pelo Poder, mas porque ACJ está a revelar-se um catavento insuportável e não merecedor de confiança, tanto se lamenta aos Judeus em Jerusalém, como se ajoelha ao islamismo na Guiné-Bissau, que recentemente teve o ditador salvo por uma força comandada por um mercenário de Israel.
Os angolanos têm de olhar atentamente ao que se está a passar na RDC e na RCA, países tomados por forças estrangeiras, é o capital especulativo a movimentar-se, a criar rotas de infiltração, a UNITA movimenta recursos elevados, compromete a Independência Nacional, e é hoje prisioneira da manipulação subversiva impiedosa.
Onde andou a Igreja Católica quando Angola era saqueada por uma oligarquia familiar e de enriquecimento ilícito?
Onde estava a Igreja Católica e seus membros quando Isabel dos Santos, Marta dos Santos, Manuel Vicente, Kopelipa, Dino, Zé Maria, transportavam para o exterior malas de dinheiro e levantavam sacos de notas em Londres nos escritórios da Sonangol?
O que está a Igreja Católica a fazer para que África tenha uma vacinação condigna no combate à Pandemia? Claro que nada, o Vaticano é detentor de acções nas grandes farmacêuticas ávidas de lucro desmedido e imoral.
O Vaticano é, também, um dos maiores accionistas da ENI – Petróleos Italiana, que tem interesses no petróleo angolano e que explora o gás natural em Moçambique, por isso o terrorismo do DAESH na região, é o capitalismo selvagem à solta. Creio que não seria má ideia o senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros convocar o senhor Núncio Apostólico, para no sítio certo se pronunciar do posicionamento da Igreja Católica em Angola, para que as instituições democraticamente eleitas possam agir em conformidade, a ingerência política do Estado do Vaticano é uma absurda implicação na política interna do país.