Titica é o ícone da rebeldia e isso encanta os internautas

ByTribuna

16 de Fevereiro, 2022

A cantora transexual Teca Miguel Garcia, conhecida pelo nome artístico Titica, nunca seguiu o politicamente correcto, isso já nós sabemos. Sem “papas na língua”, provoca ou reage às várias querelas e polémicas que vão surgindo na sua vivência.

Na última controvérsia, Titica esclarece sobre uma acusação de plágio que surgiu da música “Waya”.  Após a kudurista Dama Ludmila tornar público numa estação de rádio que a música “Waya”, interpretada por Titica, é de sua autoria e que a mesma gravou sem a sua autorização, a artista, que não gosta de ser chamada de kudurista esclareceu que “em momento algum eu plagiei a música da Ludmila. Todos nós enquanto crianças ouvimos a expressão ‘Waya’ em jogos de garrafinha ou 35 e não está registado em nome de ninguém. Ela cantou o ‘Waya’ na versão dela e eu na minha, são músicas em contextos, desenvolvimentos e expressões diferentes. Nunca me passou pela cabeça roubar a música da Ludmila, roubar é quando alguém manda-te a letra e tu te aproprias por algo criado por ela, no entanto somos todos adultos aconselho a todos a ouvirem as músicas e vejam se tem algum plágio”.

Além disso, Titica, autora de vários êxitos como “Chão Chão” e “Xucalho”, procurou demonstrar que existem vários casos semelhantes. Por exemplo, a expressão “Amor” é um tema já abordado por inúmeros cantores, inclusive bem conhecidos do público angolano, como Anselmo Ralph, Pérola ou Ary. “Se o Anselmo canta Amor, Pérola canta Amor, Ary canta Amor, já viram eles a se atacarem na internet? questiona Titica que acrescentou, “eu tenho uma música “nasci para te amar”, a Erika Nelumba também tem uma “Nasci para te amar”, coincidiu”.

As ‘pérolas’ de irreverência que a cantora nos brinda na internet são bem ilustrativas da sua singularidade face a outros artistas. “Vivo de forma diferente e quem quiser que comente”, “Nada haver, não me enalteça tentando rebaixar as outras, cada mulher tem seu encanto meu bem”; “Quem me odeia, morre no sono” ou “Quem carrega as bolas sou eu, mas quem sente o peso são vocês. Incrível!”, são apenas algumas manifestações da rebeldia desta intérprete angolana. Mas aquilo que nos encanta mais é o espírito sonhador que ela consegue incutir nos angolanos.