Leila Lopes ainda encanta e merece ser recordada

ByTribuna

29 de Janeiro, 2022

Por vezes, personalidades que fizeram um país encher-se de orgulho são relegadas ao esquecimento. Isso não acontece só em Angola. Os seres humanos têm memória curta, e isso reflecte-se nas mais diversas ocasiões e actividades.

No caso de Leila Lopes, o facto de ela não estar hoje em dias nas luzes da ribalta, cremos que issso se deve a dois motivos básicos. Um, é o facto de ela fazer a sua vida no estrangeiro, estando a maior parte do seu tempo nos Estados Unidos há já alguns anos. E o segundo, está simplesmente relacionado com a sua personalidade, que sempre se evidenciou reservada e discreta.

A modelo Leila nasceu em Benguela, e dos seus quase 1,80m proporcionou aos angolanos uma das maiores alegrias de sempre, quando foi coroada Miss Universo em 2011. A modelo desde criança sonhava ser miss, admiradora de Naomi Campbell, sentiu que era aquele o seu caminho quando viu Emília Guardado ser coroada Miss Angola em 1998. Em Angola, competiu como uma das 21 finalistas do concurso de beleza do seu país, onde ganhou o prémio de Miss Fotogenia e o título de Miss Angola 2011. No ano seguinte, a 12 de Setembro de 2011, alcançou o título máximo em São Paulo, Brasil, sendo considerada a mulher mais bonita do planeta, tornando-se assim numa das bandeiras do país de língua oficial portuguesa.

Na época, Leila “deliciou-nos” com os seus gostos pela comida angolana, não negando que adora um funge com calulu de carne seca. O seu lema de vida não podia estar mais no espírito de uma Miss Universo: “Sozinha não sou capaz de mudar o mundo, mas tenho a certeza que posso ajudar”. Ao ganhar o concurso, Leila ganhou um ano de contrato com a Miss Universe Organization, um prémio em dinheiro, jóias e roupas de estilistas consagrados. O seu reinado naturalmente passou por viajar pelo mundo levando a mensagem do controlo de doenças, paz e cuidados com a Sida. Além disso, à época, tinha direito a estar durante um ano hospedada num apartamento da Trump Tower, na cidade de Nova York.

Em 2015, contraiu matrimónio em Luanda com o jogador de futebol americano Osi Umenyiora após três anos de namoro. Decorridos mais três anos, nasce o seu primeiro filho, Lucas, que completará este ano 4 anos.

Suas actividades têm passado muito pelo continente americano, fruto do seu casamento e também por motivos profissionais. Embora não se vislumbrem notícias regulares da nossa celebrada miss, uma situação que Leila faz sempre questão de salientar é o problema da fome que infelizmente assola o nosso país. Em uma ocasião, para além de ter afirmado que não achava justo existir fome e falta de saúde, deixou latente uma opinião que nos fez todos pensar: ‘’Vejo lá fora, famosos juntam-se, fazem gala de arrecadação de fundos, ajudam instituições, constroem hospitais, escolas, dão bolsas de estudos, então, porque nós não podemos fazer?’’, questiona, frisando também em tom crítico que, ‘’para postar nas redes sociais todo mundo tem muito, mas depois para ajudar o próximo já ninguém tem, e a culpa cai para o governo.”

Em Dezembro passado, recebemos a excelente notícia que Leila vai ser mãe pela segunda vez. O que era apenas uma suspeita foi confirmado pela própria, sublinhando que está tudo a correr bem com a sua gestação. “Está tudo a correr bem graças a Deus, ainda não sei o sexo, mas todo mundo em casa a torcer para que seja uma menina” acrescentou a modelo.