O palhaço português e a ultrapassagem de limites em Angola

ByTribuna

20 de Janeiro, 2022

Há uns anos, o famoso escritor português Miguel Sousa Tavares chamou palhaço ao Presidente da República de Portugal, Professor Cavaco Silva. Tal originou um movimento legal para apresentar queixa-crime contra o escritor, que só não avançou mais porque o escritor se retratou em várias entrevistas subsequentes.

Em Angola, chamada pelos críticos exaltados do Presidente como ditadura ou pior, os insultos nas redes sociais por pessoas identificáveis a João Lourenço tornaram-se um dado quotidiano.

Para os que dizem que não há liberdade de expressão, basta abrir as redes sociais e ver o lamaçal indigesto que surge a propósito do Presidente da República de Angola.

É verdade que alguns dos ataques provêm de angolanos escondidos em Angola, mas outros são de gente que vive em Angola.

Deve haver liberdade de expressão e crítica, mas o que se passa é muito pior do que chamar palhaço ao Presidente da República. É muitas vezes ofensivo, será certamente um crime de difamação ou pior.

Há que colocar um travão num insulto, senão o país rumará para a anarquia.

O travão é o mesmo que existiu num Estado de Direito como Portugal, quem se dirigir de forma ofensiva ou caluniosa ao Presidente deve ser punido de acordo com as normas do Código Penal.