O presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, com a responsabilidade do peso institucional que lhe é reconhecido, rompeu o habitual silêncio e deu o mote, os intoleráveis atos de vandalismo ocorridos em Luanda são demonstrativos de uma ação assente na conjugação de uma série de iniciativas subversivas que se arrastam no espaço e no tempo. Creio que, sem subterfúgios cabe aos Órgãos de Soberania, PGR e Tribunal Constitucional fiscalizar e decidir rapidamente em conformidade, com certeza os Serviços de Inteligência da República têm manancial informativo em Segredo de Estado, capaz de responder com eficácia a tantos desmandos.
A UNITA presidida por Adalberto Costa Júnior, logo a seguir à falsa eleição, obedecendo a uma estratégia planeada, reativou a BRINDE (serviços de inteligência do Galo Negro), e a agência de informação Kwatcha. Ultimamente reorganizou com gente da sua confiança as delegações em Lisboa, Paris, Londres, Bruxelas, Nova York e em algumas capitais africanas, as delegações da UNITA para uma operação de propaganda injustificável para um Partido político em Democracia, e que apela a donativos dos cidadãos para o seu funcionamento.
Foi através dos canais habituais da UNITA/FPU que foram lançadas para o mundo as imagens dos trágicos acontecimentos de Luanda, acompanharam-nas comentários absurdos, acusações lineares, com palavras de ordem sistematicamente repetidas à exaustão, numa nítida operação de Contra Informação primária.
ACJ tornou-se rapidamente, com a sua cegueira pelo Poder, na sua colagem e dependência de Isabel e Tchizé dos Santos, como albergue de excluídos como Marcolino Moco, e estranhamente com apoio de alguns membros do clero católico, repito, tornou-se num ícone de ameaça permanente ao desenvolvimento de Angola e um engulho que atrofia a ação do Governo, no seu esforço de captação de investimento. ACJ a UNITA/FPU são a face do medo, da incerteza, são a proclamação da mediocridade e a aclamação de um Poder Popular descontrolado sem doutrina, a destruição, o saque, a vingança, são o mote da mobilização anárquica.
Felizmente o alerta presidencial abre um capítulo novo na visão de Estado; nenhum Estado no mundo tolera desmandos que imponham uma prevenção permanente, cria fadiga e tem custos psicológicos insuportáveis, a UNITA não é apenas ACJ e o seu pelotão de oportunistas, para isso existem mecanismos de excepção, como a cassação de direitos políticos a cidadãos prevaricadores da ordem pública e institucional, por tempo determinado.
O Presidente da República, na sua comunicação, observou a garantia do Estado na Ordem Pública, e reafirmou a disputa eleitoral que emana da Constituição como legitimadora do Poder, esta firmeza na intervenção garante tranquilidade, reduz espaço para aventureirismos, é um sinal de viragem na sinalização dos acontecimentos. Temo que a cegueira narcisista da célula mandante eleve os níveis de provocação, o sonho e a ilusão do iluminismo está no ADN, é uma herança enferrujada, podem até silenciar-se taticamente, mas o ensaio das multidões é irreversível, as promessa vãs são um farol que brilha no horizonte.
O trauma da vingança, o estigma da crueldade, o esplendor do Poder, ACJ carrega dentro de si, dizem colegas seus, desde os tempos de seminarista no Quipeio – Ékunha, onde se fez rancoroso e mentiroso compulsivo.