Estudos ao mais alto nível elaborados por sábios e filósofos e debatidos em prestigiadas universidades, coincidem na cada vez mais exigente e difícil tarefa que é governar um país nas atuais circunstâncias internacionais. A complexa teia da governação tecida pela necessidade de harmonia interna aliada ao bilateralismo e multilateralismo face à globalização, obriga necessariamente a parcerias estratégicas e à criação de escudos de proteção capazes de salvaguardar o interesse nacional.
Neste contexto, a homogeneidade e estabilidade nacionais são fulcrais para dar respostas aos desafios, à flexibilidade no relacionamento transfronteiriço, exige-se uma postura vincada na vertente cultural para afirmação da identidade; assumem particular relevância neste cenário as Forças Armadas e os Serviços de Inteligência e Defesa do Estado. Eles são o garante do posicionamento do Governo em teatros de negociações.
Em ano de perspectiva eleitoral cabe com distanciamento e experiência indagar o futuro e interpelar quem é quem? A democracia exige cumprimento de regras e uma delas são as eleições. Sendo importantes não são por si só a democracia; elas realizam-se para que os cidadãos façam escolhas, optem na diversidade, e numa fase em que João Lourenço, com estoicismo tem enfrentado as adversidades que herdou e as que o mundo pandémico criou, com resultados que diariamente nos têm trazido retornos positivos, as Oposições, particularmente a UNITA/FPU, e isoladamente ACJ, não só semeiam instabilidade interna como plantam o caos urbano com afrontas às Instituições do Estado, particularmente a Justiça, pilar fundamental do Estado de Direito. Como contrastando com o reconhecimento global, tem tentado enxovalhar o Presidente da República de forma indecente, sem que apresentem uma única proposta de governação que proporcione debate sério e construtivo.
Felizmente o tempo tem clarificado a insana conjugação conspirativa dos clandestinos, sabotadores e corruptos, os cidadãos apercebem-se a cada dia que passa do vale tudo para agarrar o Poder. Mesmo internamente a UNITA, em voz baixa pelo medo, vai dando mostras de cada vez mais acentuada fragmentação, e se para consumo doméstico exploraram vergonhosamente a “fome” ostentando luxo, internacionalmente claudicaram de vez com o negacionismo às privatizações, solidificando o isolacionismo que pretendem para Angola, onde a mentira com pernas curtas possa andar.
2022 “decretorum annum” ano decisivo e em todas as decisões exige-se esforço, determinação, devoção, para que em solidariedade se estreitem caminhos de igualdade, acabaram-se os tempos das utopias, só com realismo saberemos ultrapassar obstáculos que nos privam do progresso do país e ferem a dignidade dos cidadãos; temos todos de acreditar em Angola, dentro dela temos tudo para cozinhar essa tal felicidade.