UNITA – Tropelias e Queda

ByKuma

30 de Novembro, 2021

A Democracia não é um espaço de libertinagem, um Partido político não é uma tertúlia de amigos, há exigências constitucionais, ações balizadas na Lei, e as contas obedecem a preceitos rigorosos que garantam igualdade e transparência.

A UNITA tem sido, no espaço e no tempo, a crónica negação do cumprimento das regras, faltou sempre a conceção de Estado, navegou e navega perenemente nas águas turvas do lodaçal e da clandestinidade.

A Aclaração da decisão constitucional 700/21 é clara e não permite subentendidos, nem diversa interpretação, e na sua leitura em momento algum consta a realização de um Congresso substitutivo do XIII Congresso, este foi simplesmente anulado, o que obrigaria a fazer tudo de novo com prazos e procedimentos estatutários e regimentais, que, pasme-se, a fobia do Poder levou a que a Comissão Política Permanente, tivesse decidido a sua realização 72 horas antes do mesmo, inacreditável.

Também ressalta a público o engalanar de grandeza para um Partido que recorreu a subscrição pública para a realização do seu Congresso, dezenas de viagens turísticas para delegados e convidados (algumas em executiva), artistas, hotéis de luxo, tudo sem que se prestem contas públicas quando se levantam dúvidas da origem dos fundos, tudo muito obscuro e perigoso.

Escolha de delegados provinciais ao Congresso foram feitas por telefone, definiram-se exclusões, eliminaram-se inconvenientes, familiares e amigos compõem a plateia, atuasse a Justiça e seriamos confrontados com uma enorme ilegalidade, fora o que está oculto, que se sabe, mas que não se consegue provar.

A realização deste Congresso eletivo é uma viragem, seguem-se tropelias surpreendentes, emergirá de imediato a ilegal FPU (Chivukuvuku deixou Lisboa com um Processo de Adesão do PRA-JA ao Grupo Popular Europeu), quando nem sequer tem existência jurídica legal em Angola, o que torna a FPU clandestina como coligação interpartidária, e não tarda, disso vão dar conta a imprensa cor-de-rosa, surgirá o romance cada vez mais assumido de ACJ e Isabel dos Santos.

É desprestigiante para Angola e para as suas instituições, que o maior Partido da Oposição surja para disputar o Poder, assente num somatório de ilegalidades, sabemos que sempre foi assim, sabemos das consequências, mas de 2002 até agora houve tempo de adaptação ao urbanismo, à legalidade, é notória a sua ideia redutora do Estado, afinal nem para dirigir o Partido têm quadros capazes e suficientes, é desolador assistirmos as formas arcaicas de fazer política.

Outro grande problema que surgirá imediatamente após o Congresso, vai ser a cobrança dos agentes da subversão nas redes sociais digitais, e o extremar de posições dos agitadores terroristas de rua, o tempo corre contra eles, tenho que a UNITA e ACJ irão sucumbir ao próprio veneno, a anarquia fez escola em todas as revoluções, são os traidores da estabilidade e da liberdade.

Tudo isto em tempo de Pandemia.

Quem diria…???!!!