É ridículo constatar a UNITA reduzida aos escombros do cataclismo genocida que assola as suas hostes, os contrastes não conseguem ocultar a boçalidade de Ernesto Mulato e Samuel Chiwale lado a lado com activistas anarcas e subversivos como Águia Real e outros, em simbiose com a loucura reciclada.
Dizem filósofos e pensadores que o homem duvida sempre daquilo em que mais acredita, da certeza absoluta de tudo à certeza de nada, há uma realidade indesmentível, o cemitério está lotado de insubstituíveis, e o mundo nunca parou.
A curiosidade maior perante a rendição do Galo Negro à tirania de um homem e ao ruído das milícias do medo, foram os apelos de vários quadrantes intelectuais e políticos da UNITA clamando a unidade do Partido, multiplicaram-se mensagens que caucionam a ideia de que os kwatchas estão em cacos.
O silêncio proveniente do exílio pessoal, familiar e político de proeminentes figuras da UNITA, ausentes no exterior, mostra o incómodo e a impotência de alterar o inevitável, no fim do palco onde a arquibancada começa há um muro invisível onde a loucura sucumbirá à razão, é nestas horas que certos mitos dão conta da sua insignificância.
Avolumam-se discordantes dentro do Galo Negro que dão conta que vencer eleições é muito mais que encenar folclore; ACJ trucidou o seu tutor Isaías Samakuva e vai consagrar-se como o grande tirano, ao trucidar todos os outros que até aqui lhe cobravam o apoio dado quando dele precisou, esta faceta é-lhe reconhecida por amigos e colegas, com reflexos até na sua vida conjugal, a cegueira faz dele cão que não conhece o dono.
Observadores atentos interpelam-se sobre a relação doravante entre ACJ e os marimbondos, há memorandos escritos e assinados, há várias frentes e compromissos internacionais, Angola está na pauta planetária e é tida como fulcral para a estabilidade em África, João Lourenço tem vindo a reforçar o seu prestígio e as instituições angolanas estão cada vez mais reforçadas, esperemos que não haja motivos para retroceder.