As trocas comerciais entre os dois países cresceram 23,9 % neste primeiro semestre, (para 8.985 milhões de euros), face uma queda abrupta em 2020, declarou o embaixador chinês em Angola, Gong Tao em finais de agosto. O principal motivo, já todos sabemos, está associado à pandemia de covid-19.
Passado pouco tempo, o embaixador de Angola na China, João Salvador Neto, destacou no Fórum de Desenvolvimento de Baixo Carbono 2021 que o investimento chinês no sector de desenvolvimento de fontes de energia de baixo carbono pode ser uma das medidas concebidas para apoiar o processo de diversificação da economia angolana. Para reforçar este ponto de vista, o embaixador salientou que “Angola tem um clima tropical, sol em todas as estações do ano, rios caudalosos e ventos com potência necessária para o desenvolvimento de energias renováveis.” (ver: https://tribunadeangola.org/?p=5077).
Já no último domingo, o embaixador Gong Tao reforçou este novo conceito de colaboração, ao convidar em nome do governo chinês, Angola a participar na 2ª Exposição Económica e Comércio China – África e na 4ª Exposição Internacional de Importação da China. O objectivo, segundo o diplomata visa que o país aproveite as plataformas existentes para expandir a exportação de produtos competitivos angolanos para o mercado asiático, nomeadamente produtos agrícolas, artesanato, minerais, pesqueiros e bebidas. Ou por outras palavras, promover a exportação de bens angolanos não petrolíferos para China, e assim favorecer a diversificação da economia angolana.
Um outro aspecto assinalado pelo embaixador chinês, foi a excecional parceria existente entre o seu país e o Continente africano. Gong Tao reiterou que “a China sempre prestou uma elevada importância à partilha da sua experiência, tendo fornecido, nos últimos cinco anos, um grande número de oportunidades de formação e treinamento a quadros de países africanos, entre os quais de Angola”.
Por fim, após ter sido feita uma súmula do trajecto chinês dos últimos 40 anos, foi recordado pelo diplomata que a abertura contínua do país ao exterior, permitiu que o país se tornasse a segunda maior economia do mundo, com a maior produção industrial e líder no comércio de mercadorias, mas que essas evidências não fizeram com que a China impusesse a sua vontade aos outros ou procurasse exportar o seu sistema social e modelo de desenvolvimento.