A deputada Mihaela “verdade” Webba, encetou uma campanha de culto de personalidade, assumindo-se no pedestal da presunção, com interpretações muito próprias da Constituição da República, que quando contrariada, desiste, e dispara “passe bem”, porque para apanhar o comboio da UNITA, pensa ter de ser mais papista e que o papa.
Qualquer ministro que desloque ao Parlamento é merecedor de honras de Estado, eles são extensões sectoriais do Senhor Presidente da República, colocar em disputa a suas valências em relações aos deputados, é uma atitude mesquinha, deselegante, que mostra a falta de carácter e brio da senhora deputada que precisa alimentar o ego para se julgar notada.
Também Marcolino Moco, por traição à cidadania ou insanidade mental causada pelo saudosismo colonial, vem a público repetidamente proclamar que estaríamos bem melhores se governados pelos portugueses. Para quem foi tudo em política, pelo MPLA, que não tem uma única obra feita em Ékunha, sua terra natal, é uma falta de decoro e tem uma mente alienada que navega nas franjas de traição à Pátria.
Eu mesmo viajei recentemente a Ékunha, a caminho do meu Kimbo, e foi desolador constatar que a sua casa na Vila de Ékunha, está desabitada, com portas arrombadas e janelas sem vidros com tábuas pregadas.
A sua irmã e um sobrinho, oficial do exército no Huambo, detido por corrupção, dizem-se completamente desprezados pelo patriarca, que viaja mais para Lisboa do que para a sua terra natal.Ékunha (antiga Vila Flor), Calenga e Lépi, têm a apodrecer centenas de toneladas de batata por falta de escoamento, nem sequer pequenas empresas e pequenos empresários foram mobilizados e incentivados para o transporte e comércio dos produtos locais.
O mesmo acontece com a Água do Lépi, de Paulo Kassoma. Instalações impecáveis, qualidade ancestralmente reconhecida, está lá abandonado o palácio colonial onde governantes de então passavam férias, e que, hoje, não tem uma estrutura de gestão empresarial para disseminar o produto.Temos na Babaera a melhor água do País, exportava em garrafões para a Alemanha no tempo colonial, completamente abandonado. Aliás o nome de Babaera vem do Umbundo, Owawa (água).
Temos a exemplo de Waku Kungo, os colonatos da Chenga, município do Ukuma, um centro de abastecimento dos ferroviários do CFB, hoje Corredor do Lobito. Ali produziam-se frutas, legumes, tinha um matadouro industrial, o maior aviário de Angola antes da Avicuca, e um moinho industrial, para abastecimento do Lobito ao Luau.
Também na Chenga estava o palacete onde vivia um dos administradores principais, belga, do CFB.Dentro do perímetro da Chenga, havia também um dos principais polos turísticos da província do Huambo, a Mupas (quedas de água) do Rio Kuiwa, principal afluente do Rio Catumbela. Local excelente para pesca desportiva.
Claro que a UNITA destruiu tudo por onde passou, nos seus troféus mais relevantes está a destruição da ferrovia do CFB, a fábrica de celulose CCUP do Alto Catumbela, 1000 toneladas de pasta de papel por dia, detentora da maior plantação de eucaliptos do mundo.São estas marcas do terrorismo da UNITA, que os pseudo intelectuais alienados ao neocolonialismo não querem ver, mas também são ícones da rejeição dos cidadãos que carregam a dor do sofrimento infligido pela babárie que ainda hoje tem os seus protagonistas. É arriscado, a meu ver, depois de tantos falhanços, pensar que a UNITA estará pronta para dialogar, quem o poderia fazer está ostracizado, Isaías Samakuva, Alcides Sakala, José Pedro Catchiungo, e poucos mais por arrasto, é uma aventura de alto risco.
O bacharel tirano psicopata, mais que intrujão, ACJ “Betinho”, está no palco com uma plateia e uma arquibancada embriagadas pelo Poder a qualquer custo, jamais será de sua vontade um sufrágio direto e universal, não à toa anda aflito em busca de uma frente ampla, algo muito vago que não gera confiança para uma Revisão Constitucional, muito menos para a Refundação do Estado com base na meritocracia, esta exigência imperativa em busca de normal governabilidade, só será possível através de um Pacto de cidadania, com liberdade e esperança numa Nova República.