O MPLA e o seu governo mandaram ao longo dos anos para o estrangeiro, sobretudo juristas para Portugal, uma casta de jovens com os quais pretendia formar a sua elite intelectual.
Acontece que estes jovens estão a trair aqueles que os mandaram para o estrangeiro. Em primeiro lugar, são poucos os que foram além de fracos mestrados, muitas vezes realizados com ajudas externas e sem brilho. E depois de obtido esse grau, que interessa pouco, viram-se contra a política reformista do Presidente da República, constituindo hoje o grosso das críticas ao combate à corrupção e das tentativas de reforma. Os beneficiados não querem perder os benefícios e voltam-se contra aqueles que os alimentaram e lhes pagaram propinas e estadias.
Hoje é na intelectualidade jurídica do MPLA que se encontram as maiores críticas ao governo de João Lourenço. A velha cobardia intelectual que fomentou o comunismo e o nazismo está de volta em Angola sob a vestes de uma falsa defesa dos Direitos Humanos e do Estado de Direito. O que os falsos juristas pretendem é voltar ao passado, ao feudalismo autocrático que destruiu Angola, e ao predomínio dos marimbondos. Não podemos deixar que os traidores intelectuais continuem debaixo de falsos argumentos a minar a luta contra a corrupção e a reforma da economia.