A história não se compadece com os fracos, mas eternizará no espaço e no tempo, todos quantos na oportunidade souberam responder ao apelo que em certos momentos beneficiaram dos ventos a seu favor.

Tido como intelectualmente franco, e politicamente banal, sobretudo pelos seus pares, reassume a liderança de um Processo inquinado que pode ser corrigido, com ética, rasgo e responsabilidade que os seus detratores não lhe reconhecem.

O país espera neste momento politicamente conturbado, que com serenidade se estabeleçam diálogos e concertações, sem pressa nem cedendo a pressões de que há tão pouco tempo humilhou o seu consulado e o votaram ao ostracismo.

Ao silêncio dos inocentes não se lhes pode atribuir culpas de nada, quando a obsessão nega a virtude os atropelos são fatais, o tempo e o destino ajuízam a razão, nada acontece ao acaso, e perante a escalada subversiva de ACJ e seus cúmplices cabe a Samakuva inscrever o seu legado na história invertendo a euforia do assalto ao Poder, cumprindo etapas de normalização com transparência democrática.

A anulação do XIII Congresso da UNITA apanhou em contrapé movimentos hostis, o general Gato está na África do Sul a transmitir a estratégia do assalto ao ANC, Rafael Savimbi está em Portugal em contacto com sensibilidades socialistas revolucionárias, e outros emissários estavam preparados para Paris e Bruxelas.

A reunião no complexo SOVISMO sob a égide de Samakuva foi tempestuosa, Katchiungo até abandonou a mesma tal a forma como tratado, mas muita gente teme que haja dos tempos áureos externos negócios e cumplicidades entre Samakuva e ACJ, e este sabe como usar em chantagem a seu favor, as amarras do medo ainda funcionam em pleno e hoje a rua tem um peso a levar em conta no Galo Negro, embora fora de controlo.

A repetição de ACJ será desastrosa para a UNITA e um retrocesso para Angola, a irreverência juvenil é incontrolável e a imaturidade do ressentido líder de ocasião, podem trazer dissabores para que o Estado assegure a normalidade do Estado de Direito.

É necessário dar espaço a Samakuva, ele deve pronunciar-se de viva-voz, os comunicados soam a jogo escondido e sujo, quem não deve não teme, a anulação do XIII Congresso não repõe um processo corrigido, deve ser feito tudo de novo sem cartas marcadas nem tacticismos ocultos nos bastidores.

A solidariedade fictícia envolvida em medo pode fazer recuar homens como Alcides Sakala, creio que este conhecido diplomata tem obrigação de honrar de novo nas urnas do Galo Negro, todos os que votaram nele com convicção e sonham com uma UNITA serena e responsável, o seu silêncio está hoje transformado em ouro, ao contrário o arrastar atrás de protagonismo de Kamalata Numa atirou-o para um valor residual que não vai para lá de um verbo de encher.

Esperemos que Samakuva não tenha tido esta oportunidade para plasmar um novo Congresso com candidato único…!!!